Cidades

Justiça determina prisão preventiva do assassino de Guilherme Martins

Com a decisão, Jonathan Sousa Lopes vai responder ao processo em regime fechado. Crime aconteceu na última terça-feira (13/11)

Mariana Machado
postado em 16/11/2018 12:13
Com a decisão proferida em audiência de custódia, Jonathan vai responder ao processo em regime fechado
A 4; Vara Criminal de Ceilândia converteu em preventiva a prisão de Jonathan Sousa Lopes, 20, acusado de assassinar Osterno Guilherme Martins Linhares de Sousa, 16 anos na última terça-feira (13/11), a poucos metros de casa, no Setor O de Ceilândia. Com a decisão, Jonathan responderá ao processo em regime fechado. No termo de audiência, a juíza Lorena Alves Ocampos atestou que se constata a materialidade do delito, bem como a existência de indícios de que o acusado seja autor do crime.
Jonathan já tinha passagem por ato infracional análogo ao crime de roubo quando era menor de idade, o que o fez ficar 3 anos internado. A juíza destacou que apesar de isso não poder ser considerado para fins de reincidência ou maus antecedentes, justifica a manutenção da prisão preventiva, evidenciando a periculosidade e risco concreto da prática de novos delitos. ;O fato é grave e a prisão se mostra necessária;, afirmou. A decisão foi acompanhada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).
Conhecido como Dente de Ouro, ele ganhou a liberdade em fevereiro depois de cumprir as medidas socioeducativas. Em junho, policiais militares o flagraram em um assalto a uma loja de informática, também no Setor O. O delegado Ricardo Viana, chefe da 24; Delegacia de Polícia (Setor O), disse ter pedido a prisão preventiva de Jonathan em setembro, mas a Justiça negou a detenção do suspeito.
Ricardo Viana garantiu não haver dúvida sobre a culpa de Jonathan no assassinato de Osterno Guilherme. ;As nossas investigações levantaram nomes de todos que eram conhecidos por roubo na região e, por fim, chegamos ao Dente de Ouro. Testemunhas confirmaram ter sido ele o autor dos disparos;, relatou. Jonathan negou o crime. Afirmou ter consumido drogas e dormido por 17 horas seguidas, no dia em que o adolescente morreu a tiro, o que foi desmentido pela família do acusado, segundo os investigadores.

Relembre o crime

Na terça-feira, Guilhermes, como era conhecida a vítma, foi liberado mais cedo da escola onde cursava o 2; ano do Ensino Médio, no Centro Educacional 15 (CED 15), a cerca de 100 metros da casa dele. Como era de praxe, quando saía, ia trabalhar na loja do pai, uma oficina de estofados no P Norte. Ele caminhou até a porta de casa, de onde ia usar o sinal de internet wi-fi para mandar uma mensagem ao pai, sargento do Corpo de Bombeiros, pedindo que o buscasse.
Como não havia ninguém em casa e ele não tinha a chave da porta, Guilherme mandou a mensagem da calçada e foi caminhando ao ponto onde pegaria a carona, mas só andou por aproximadamente 30 metros até ser abordado por Jonathan, que exigiu o celular do adolescente. Sem hesitar, Guilherme entregou o aparelho, mas, insatisfeito com o modelo simples, o criminoso atirou e fugiu em uma bicicleta. Guilherme cambaleou por alguns metros antes de cair, morto, na esquina de casa. O telefone havia custado R$ 50, como contou o tio da vítima, o fiscal de loja Clodoaldo Martins, 39 anos.

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