Morreu, nesta quinta-feira (28/3), aos 69 anos, o vigário-geral da cidade de Formosa, em Goiás, Epitácio Cardozo Pereira. O religioso era o número dois na hierarquia da Igreja no município e na região e não resistiu às complicações de um quadro de pneumonia. Ele estava internado desde o início do mês, antes de dar entrada no Hospital de Neurologia Santa Mônica, em Aparecida de Goiânia (GO), em estado grave.
Epitácio era , do Ministério Público de Goiás (MPGO), que apura, desde o ano passado, o desvio de R$ 2 milhões dos cofres da Igreja Católica. De acordo com o atestado de óbito emitido por uma das médicas plantonistas do hospital, a morte ocorreu às 18h05 e foi provocada por uma infecção generalizada. Ainda não há detalhes sobre o velório ou o sepultamento de Epitácio.
Os advogados do vigário lamentaram o fato e emitiram uma nota acerca do ocorrido. No texto, eles afirmam que a operação do MPGO se trata de uma "ação penal midiática sustentada tão-somente em condutas atípicas" e que têm a "firme convicção de que as injustiças e as misérias do processo penal também causam mortes diretas". O documento é assinado por 13 defensores dos envolvidos.
Operação Caifás
Além de Epitácio, foram investigados Thiago Wenseslau, juiz eclesiástico; Waldson José de Melo, pároco da Paróquia Sagrada Família, em Posse (GO); Guilherme Frederico Magallhães, secretário da Cúria de Formosa; Darcivan da Conceição Serracena, funcionário da Diocese de Formosa; Edmundo da Silva Borges Junior, advogado da Diocese de Formosa; Pedro Henrique Costa Augusto e Antônio Rubens Ferreira, empresários apontados como laranjas do esquema; Mario Vieira de Brito, pároco da Paróquia São José Operário, em Formosa; Moacyr Santana, pároco da Catedral Nossa Senhora da Imaculada Conceição, também em Formosa; e José Ronaldo Ribeiro, bispo da mesma cidade.