Cidades

Professor assassinado em escola de Valparaíso é sepultado em Brazlândia

Júlio César Barroso de Sousa, 41 anos, foi assassinado a tiros no Colégio Estadual Céu Azul. Um adolescente de 17 anos, estudante da unidade de ensino, foi o autor dos disparos

Darcianne Diogo*
postado em 02/05/2019 17:45
Mais de 200 pessoas se reúnem no Cemitério de Brazlândia
"Por que morreu?" Essa é a música cantada por mais de 200 pessoas que prestaram as últimas homenagens ao professor e coordenador Júlio César Barroso de Sousa, 41 anos, no Cemitério de Brazlândia. Ele foi assassinado a tiros por um aluno dentro do Colégio Estadual Céu Azul (GO), em Valparaíso, nesta terça-feira (30/4).

Dor e indignação é o sentimento da amiga e professora Clézia Santiago, 46. ;Ele sempre foi muito sereno e passava tranquilidade a todos. Fico revoltada com o rumo que a educação do nosso país está tomando", relatou, emocionada.

Amigo de Júlio, o professor Lázaro Souza, 39, não consegue se conformar. ;Não tem como a gente não se sentir atingido por um fato como esse. Era um pai de família, que vivia dos ganhos de salário de um professor, assim como todos nós;, lamentou.
A professora Maria Bonfim, 46, prestou as últimas homenagens ao amigo. Emocionada, ela não se conforma com o que aconteceu. "Nós, professores, estamos muito vulneráveis. É triste saber que não temos segurança dentro do próprio ambiente de trabalho. Já pensei em desistir da minha profissão por causa do crime", disse.

No momento do sepultamento, o choro e sofrimento tomou de conta dos presentes no local. Para finalizar a cerimônia, amigos e familiares de Júlio fizeram uma oração e cantaram músicas religiosas. Católico, o professor frequentava a igreja semanalmente.

Arma encontrada

Nesta terça, agentes da Polícia Civil de Goiás localizaram a arma usada no assassinato de Júlio. O revólver estava em um terreno baldio, próximo à casa do autor dos disparos. Inicialmente, o suspeito informou aos investigadores que a arma seria de um amigo e teria sido devolvida após o crime. No entanto, os policiais contestam a versão e acreditam que o adolescente comprou a arma há um ano.
* Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer

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