Cidades

Assassino de Rubens Leal continua solto um ano após o crime brutal

O colaborador do Correio foi morto em um quarto de motel, no Núcleo Bandeirante, em 13 de maio de 2018. Polícia Civil tenta identificar o suspeito, que tem entre 20 e 22 anos

Sarah Peres
postado em 13/05/2019 19:13
Rubens Bonfim Leal, 35 anos, era colaborador do Correio
Um ano após a morte de Rubens Bonfim Leal, 35 anos, colaborador do Correio, ninguém está preso pelo crime. O autor chegou a ser flagrado em um vídeo, feito no . Câmeras de segurança filmaram o suspeito descendo uma rua próxima ao motel Paradise Vegas, no Núcleo Bandeirante, onde aconteceu o caso. A polícia ainda tenta identificar o homem, que tem entre 20 e 22 anos. Ele vestia camiseta clara, casaco cinza nos ombros e short cinza com um pássaro branco.
A investigação teve início na 11; Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante), assim que o corpo de Rubens foi encontrado, na manhã de um domingo. O carro dele estava na garagem do motel e a placa foi a responsável por gerar a identificação da vítima aos policiais militares. Na traseira do veículo, havia uma bicicleta acoplada, que pertenceria ao autor do crime.
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Após meses de apuração do caso, agentes conseguiram um vídeo do suspeito, além dos laudos pericial da cena do crime e do cadavérico, ambos confeccionados por profissionais da Polícia Civil. Sem uma resposta, o caso foi redirecionado. Atualmente, a investigação é realizada pela Coordenação de Repressão a Homicídios e de Proteção à Pessoa (CHPP).
Procurado pela reportagem, o delegado Fernando César Costa destacou não poder dar detalhes sobre o andamento da investigação. No entanto, garantiu que estão ;atentos a todas as nuances deste caso, que é muito relevante para a divisão;.

Sem respostas

O assassinato de Rubens Leal segue com inúmeras lacunas em aberto. Familiares, amigos e colegas da vítima ainda seguem sem saber o que de fato aconteceu naquele quarto de motel. A investigação da polícia indicou que a vítima e o autor pegaram um quarto no Paradise Vegas às 7h45. O que aconteceu no cômodo ainda é um mistério.
No dia do crime o suspeito vestia camiseta clara, casaco cinza nos ombros e short cinza com um pássaro branco
O primeiro relato da violência ocorreu às 8h30, quando gritos de socorro de Rubens foram escutados ao lado de fora da suíte, por uma camareira. Mesmo com o pedido de ajuda, ninguém do motel averiguou a situação ou acionou as autoridades competentes. Em seguida, o bandido tentou deixar o estabelecimento com o carro da vítima, mas funcionários não permitiram a saída.
O autor teve de retornar ao quarto e tentou se passar por Rubens ao telefone. Pela segunda vez, não conseguiu autorização. Mesmo com a situação, a polícia não foi acionada. O homem conseguiu ficar impune pelo homicídio depois que fugiu do motel pulando o muro. O assassinato brutal só foi confirmado por funcionários às 16h, quando acabou o horário de permanência da suíte.
A bicicleta do suspeito, que estava acoplada no carro de Rubens Leal. Os dois objetos foram apreendidos para a perícia da Polícia Civil
O revisor estava com as mãos e pernas amarradas com lençóis, além de ter sido amordaçado. Era notável os ferimentos sofridos pela vítima, como machucados na cabeça e pescoço. Inicialmente, indicou-se que o autor utilizou um objeto cortante para atacar Rubens. A informação foi confirmada pela perícia, que apontou a causa da morte como esfaqueamento.
À época do crime, a família do colaborador do Correio questionou a atitude tomada pelos funcionários do motel Paradise Vegas, alegando que houve omissão. O irmão de Rubens frisou o fato dos pedidos de socorro e as tentativas de fuga do suspeito. ;Eles não poderiam ter demorado tanto para saber o que estava acontecendo. Teriam de chamar a polícia;, alegou João Bonfim Neto.
Rubens nasceu em Fortaleza, mas chegou à capital federal em 1998, acompanhando a família. Ele é o irmão mais novo de três irmãos, do casal Pedro Bonfim e Francisca Bonfim. A vítima se formou em letras/espanhol e trabalhava na área como revisor do Correio. Também ajudava no negócio da família, um quiosque no Guará 2.

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