Na manhã desta segunda-feira (24/6), o arlame do Complexo Penitenciário do Distrito Federal soou três vezes, em um intervalo de 10 minutos. Mas, apesar do susto, o subsecretário do Sistema Penitenciário (Sesipe), Adval Cardoso, garantiu normalidade no sistema. O Sindicato de Atividades Penitenciárias (Sindpen-DF) chegou a informar que servidores da Penitenciária II do Distrito Federal (PDF II) simularam um teste junto dos servidores da unidade de operações especiais, mas Adval não confirmou a informação oficialmente.
Segunda-feira é dia de transferência de presos da carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE) para a Papuda. O comboio é conhecido como "bonde" e, geralmente, um helicóptero da Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (Dpoe) dá cobertura a ação.
Subsecretário do sistema, o delegado Adval reforçou que o toque da sirene na manhã desta segunda foi um "procedimento padrão". "Não houve nenhum registro de confusão e é um processo normal (fazer a sirene tocar)", alegou.
Já o presidente do Sindicato de Atividades Penitenciárias (Sindpen-DF), Paulo Rogério da Silva, explicou que os servidores estão em teste durante a semana. "Pode ser que situações semelhantes aconteçam durante os próximos dias", enfatizou.
O Correio procurou a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF).
Facções
A transferência de lideranças de facções têm preocupado as forças de segurança pública do DF. Não só pelo risco de rebeliões como as registradas no Amazonas, protagonizadas por integrantes da façção Família do Norte (FDN), como pela chegada de integrantes das organizações criminosas no DF, os chamados ;soldados;. A missão deles é dar o suporte para os chefes presos, seja por meio da prática de crimes ou recrutamento de novos integrantes.
Em 18 de junho deste ano, uma operação da polícia civil de Sobradinho prendeu criminosos envolvidos em crimes como o tráfico de drogas e a venda de armas. Entre os detidos, estavam suspeitos de integrar a facção Família do Norte, cujos líderes estão na penitenciária de Brasília.