Isa Stacciarini
postado em 26/06/2019 13:19
O Tribunal do Júri começou a julgar nesta quarta-feira (26/6) um dos acusados de participar do tiroteio na 309 Norte, em abril de 2017. O caso ficou conhecido como faroeste por causa da troca de tiros às 6h30, em um posto de gasolina da quadra. Alan Matheus Menezes Rodrigues chegou a ser condenado por porte ilegal de arma de fogo em abril de 2018. Na ocasião, ele recebeu pena de 3 anos e 9 meses de reclusão, mas o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) apelou da sentença alegando que a decisão foi contrária às provas do processo. Por essa razão, o réu passa por um novo julgamento.
Na ocasião da primeira sentença, em 24 de abril de 2018, o Tribunal do Juri de Brasília também condenou os comparsas de Alan por homicídio. O juiz determinou pena de 16 anos de prisão para Eduardo Adrien Cunha Neto e 17 anos para Rafael Arcanjo Gomes de Abreu. Os dois estão presos e o processo foi transitado em julgado em março deste ano.
O trio é acusado de assassinar a tiros o taxista Luis Eduardo dos Santos Lobo, 34 anos. A vítima, que também estava armada, chegou a revidar os disparos, mas morreu no local do crime. Logo depois do homicídio, o trio fugiu, mas investigadores identificaram o grupo. Na época, uma mulher chegou a ser apontada pela Polícia Civil como uma das participantes, mas ela não foi a julgamento.
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Na denúncia do Ministério Público, consta que Eduardo e Rafael teriam se revezado para efetuar disparos contra a vítima. Eles utilizaram uma espingarda para matar Luis Eduardo. Alan Matheus, por sua vez, segundo o MPDFT, teria prestado auxílio moral e procurado a vítima dentro do veículo utilizado no crime.
Entenda o caso
O crime aconteceu no posto de combustível da 309 Norte, por volta de 6h30 de 20 de abril de 2017, numa cena que lembra filme de faroeste. As imagens do circuito interno de TV do posto mostram quatro pessoas descendo de um carro e disparando contra um grupo que bebia em frente à loja de conveniência. Luis Eduardo se escondeu atrás de um veículo, enquanto outras pessoas correram. Ele foi atingido na altura da clavícula esquerda. Os moradores da vizinhança já tinham feito um abaixo assinado por causa das confusões frequentes naquele ponto da quadra.