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VÍDEO: Tiroteio no meio da tarde assusta moradores de Águas Claras

Moradores relatam momentos de terror durante troca de tiros ocorrida no meio da rua. Motorista de caminhão escapou de ser ferido e bala abriu um buraco na porta do veículo

Pedro Canguçu*, Darcianne Diogo*
postado em 28/08/2019 16:10

Tiroteio em uma das principais avenidas assusta moradores de Águas ClarasUm tiroteio na Rua 14 Sul levou pânico aos moradores de Águas Claras na tarde desta quarta-feira (28/6). Os disparos foram feitos perto das 16h, em uma rua movimentada, repleta de prédios residenciais e comerciais e uma escola particular. Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, os tiros ocorreram após abordagem a um suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas. Muitas viaturas foram deslocadas ao local, e um helicóptero passou a sobrevoar a região.

A corporação, no entanto, não explicou de quem partiu os tiros. Testemunhas que conversarm com o Correio disseram que ao menos alguns dos disparos foram feitos por policiais à paisana.

O entregador Denilson Ribeiro, 25 anos, quase se tornou uma vítima. Ele estava no caminhão em que trabalha, em frente a um supermercado, quando uma bala atingiu a porta do veículo. "Estou em estado de choque. Por pouco não estaria contando isso. Foi muito arriscado, até porque tinha crianças saindo da escola e muitas pessoas caminhando pelo comércio", conta.

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Segundo ele, um carro teria parado em frente ao edifício Real Quality e, em seguida, uma viatura da polícia teria se aproximado. "Vi os policiais pedindo para o motorista descer do carro com a mão na cabeça. Só que o homem se negou, e os policiais atiraram", relata.

Funcionária de uma lanchonete em frente ao local, Kelly Brenda, 27 anos, diz que contou cerca de oito tiros. Segundo ela, um Jeep vermelho estava em um estacionamento quando policiais à paisana desceram e deram voz de prisão. Foi após esse momento que houve os tiros. "Foram oito tiros mais ou menos. As pessoas que estavam no estabelecimento saíram correndo", diz. Na loja em que Kelly trabalha, os funcionários agacharam. "Todo mundo ficou com medo. É muito perigoso, ainda mais à luz do dia."

"Abaixa, abaixa"

Outros moradores também tiveram a impressão de que ao menos parte dos tiros partiram de policiais, o que fez alguns moradores questionarem a ação. É o caso de administradora Marilda Pereira Maio, 43, que estava com a filha dentro do carro. "Eu fico indignada. É a nossa segurança. Mesmo sendo polícia, não dá para sair atirando", avalia. "Eu estava com o vidro aberto e só falei para a minha filha ;abaixa, abaixa;. Foi assustador. Poderia ter atingido alguém;.

Vídeos feitos por pessoas que estavam no local mostram que mais de um tiro foi disparado. Assista:


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Um morador que não quis se identificar, também disse ter ouvido os tiros. "Como tem uma escola em frente, imaginei que os alunos pudessem estar brincando de bombinhas, mas quando fui até a janela vi a aglomeração de pessoas e desci para saber o que era. No momento, tinham muitas crianças saindo da escola e pessoas caminhando pelas lojas. Achei muito perigoso;, afirma.

Procurada, a Polícia Militar informou que consta no sistema "registro de disparo de arma de fogo, na Rua 14, de Águas Claras. A princípio, teria ocorrido uma Operação da PCDF no local. Quando o prefixo da PMDF chegou ao endereço, não havia ninguém. Sem mais informações."

Dois tiroteios em 24 horas

Este seria o segundo tiroteio em menos de 24 horas na cidade. Na noite de terça-feira (27/8), três pessoas compareceram à 21; Delegacia de Polícia para relatar sobre um acidente de trânsito e narraram que tiros foram dados no momento da batida.

Segundo o boletim de ocorrência, o proprietário de um UP declarou que aguardava na pista para entrar no seu prédio quando ouviu "dois estampidos". Ele se abaixou procurando proteção. Em seguida, ao olhar para a rua, viu que um Prisma empurrava por trás um Corsa, que acabou batendo em seu carro.

Ainda de acordo com o boletim, as testemunhas disseram ter sido informadas sobre um diligência de policiais na região. Agentes da 21; DP apuram o caso.

*Estagiária sob a supervisão de Adriana Bernardes.

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