Cidades

Familiares e amigos se mobilizam para velório de professor morto em escola

Bruno Pires de Oliveira, 41 anos, foi esfaqueado por um aluno, que continua foragido. Na próxima segunda-feira (2/9), escolas de Águas Lindas farão ato pela paz dentro das instituições de ensino

Caroline Cintra
postado em 31/08/2019 13:09
Família do professor Bruno Pires de Oliveira, 41, organizou a ida de alunos e amigos em dois ônibus
Familiares, amigos e alunos do professor Bruno Pires de Oliveira, 41 anos, assassinado por um aluno, na última sexta-feira (30/8), se mobilizam para o velório marcado para às 15h deste sábado (31/8), na capela 1, do cemitério Campo da Esperança, em Taguatinga. O coordenador do Colégio Estadual Machado de Assis (Cema), em Águas Lindas, foi morto a facadas por Anderson da Silva Leite Monteiro, 18, que continua foragido.

A família organizou a ida de professores, alunos e amigos em dois ônibus, que se deslocarão do município goiano até o enterro. Pela manhã, colegas de trabalho de Bruno auxiliaram os familiares na organização do funeral, entre eles o diretor da escola. Abalado, ele se limitou a dizer, ao Correio, que todos na escola estão em choque. "Não tenho palavras nesse momento", disse Wesley, que nao quis passar o sobrenome.

Colega de trabalho e amiga pessoal de Bruno, Adriana Silva Lima afirmou que todos na escola estão sem entender o que aconteceu. "Bruno não tinha problema com ninguém. Nem professor, nem aluno. Foi por motivo fútil. Na verdade, não sabemos até agora o real motivo. O menino sumiu. É triste", lamentou.

Ato pela paz

Escolas públicas de Águas Lindas organizam uma passeata contra a violência dentro dos colégios na próxima segunda-feira (2/9). A manifestação ainda não tem hora marcada. "Vamos definir tudo após o enterro do nosso amigo. Chega desse tipo de situação na instituições de ensino. Vamos sair da frente escola (Cema) e caminhar com cartazes e carro de som. Precisamos dar um basta nisso", completou Lima.

Determinação de prisão preventiva

A Justiça de Goiás determinou a prisão preventiva de Anderson. Neste sábado (31/8), a juíza plantonista de Padre Bernardo (GO), Luciana Vidal Pellegrino Kredens, considerou que que a decisão vale como mandado de prisão. A representação foi feita pelo delegado-titular do Grupo de Investigação de Homicídio (GIH), Cleber Martins, a frente do caso. O Ministério Público de Goiás também se manifestou pelo deferimento da medida.
Como o período de flagrante se encerrou, o receio dos investigadores era de o suspeito se apresentar e não ficar preso. Mas, com a decisão, ele permanecerá até a conclusão do inquérito.
Agentes da Polícia Civil de Goiás e equipes da Polícia Militar estão na captura de Anderson, que permanece foragido. Além de endereços em Goiás, os investigadores também procuram pelo suspeito no Distrito Federal, pois há parentes dele que moram em cidades da região Sul do DF.

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