Walder Galvão
postado em 05/09/2019 09:07
Duas supostas vítimas do cozinheiro Marinésio dos Santos Olinto, 41 anos, devem ir à carceragem do Departamento de Custódia e Controle de Presos (DCCP) nesta quinta-feira (5/9). Elas acusam o suspeito de estupro e farão o reconhecimento facial. Inicialmente, ele seria levado até a 6; Delegacia de Polícia (Paranoá) para ser apresentado. No entanto, a Polícia Civil decidiu mudar o esquema por questões de segurança.
As supostas vítimas que farão reconhecimento de Marinésio são uma adolescente de 17 anos e uma copeira de 43. Os casos teriam ocorrido neste ano e em 2017, respectivamente. De acordo com elas, o cozinheiro as abordou em uma parada de ônibus, no Paranoá e, com uma faca, obrigou as vítimas a entrar em um carro vermelho. Em seguida, ele teria as estuprado.
Na semana passada, as mulheres procuraram a polícia para denunciar Marinésio. A adolescente em 27 de agosto e a copeira, no dia seguinte. Caso o cozinheiro seja reconhecido, também responderá pelos crimes. O investigado é assassino confesso da advogada Letícia Curado, 26, e da auxiliar de cozinha Genir Sousa, 47.
Tanto na morte de Genir quanto na de Letícia, Marinésio usava um carro cinza, uma Blazer ano 2000. Dias após a prisão do cozinheiro, os policiais constataram que o irmão dele tem um veículo vermelho com as características descritas pelas mulheres que farão o reconhecimento.
Novas acusações
Na terça-feira (3/9), investigadores da Divisão de Repressão a Sequestros (DRS) reabriram três casos de mulheres desaparecidas. Segundo os agentes, o modo de agir de Marinésio indica que ele possa ter participado dos crimes. Duas das ocorrências são de 2013 e uma de 2015. Agora, o caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios da corporação.
A Polícia Civil também decidiu reabrir a investigação sobre a morte da adolescente Carolina Macedo Santos, 15 anos. Ela era amiga da filha de Marinésio e vizinha da família. A jovem foi encontrada com sinais de estrangulamento no Lago Paranoá, em 17 de maio do ano passado.