Cidades

Laudo do IML conclui que Letícia Curado não sofreu violência sexual

Segundo a família da advogada, documento saiu nesta segunda-feira (9/9) e apontou que a advogada foi vítima de esganamento

Walder Galvão, Sarah Peres
postado em 09/09/2019 20:52
mulher loira, branca, com blusa vermelha, olhando para a câmera; quadro azul e branco ao fundo; parede branca ao fundo O laudo cadavérico da advogada Letícia Curado, 26 anos, divulgado nesta segunda-feira (9/9), indicou que a advogada não sofreu violência sexual. A jovem morreu vítima de esganamento, segundo documento do Instituto de Medicina Legal (IML). O marido dela, Kaio Fonseca Curado de Melo, 25, confirmou a informação ao Correio.

A advogada foi assassinada em 23 de agosto. No dia seguinte, investigadores da 31; Delegacia de Polícia (Planaltina) prenderam o cozinheiro Marinésio dos Santos Olinto, 41. Ele admitiu ter matado Letícia, a auxiliar de cozinha Genir Sousa, 47, em junho, além de ter atacado outra mulher, que sobreviveu.

Os peritos analisaram o local onde o corpo de Letícia foi encontrado e o carro que o agressor usou para transportar a vítima. No entanto, a Polícia Civil não divulgou detalhes sobre os resultados dos exames.

O indiciamento de Marinésio pela morte de Letícia deve ocorrer nas próximas duas semanas. A Polícia Civil ainda não divulgou por quais crimes ele deve responder. Desde a divulgação do caso, supostos crimes cometidos pelo cozinheiro. Ao menos três outros inquéritos relacionados ao desaparecimento de mulheres foram reabertos.

Letícia e Genir foram abordadas em uma parada de ônibus de Planaltina. Elas entraram no carro do cozinheiro depois de ele se identificar como motorista de transporte pirata. Depois de matá-las, ele deixou os corpos em um matagal entre a região administrativa e o Paranoá. A terceira vítima reconheceu Marinésio na delegacia. Ela também havia entrado no carro do agressor, mas, ao ser atacada, conseguiu saltar do carro e fugir.

Defesa

Ao Correio, a defesa de Marinésio afirmou que ele matou Letícia fora do carro. A versão é diferente do primeiro depoimento do cozinheiro aos agentes da 31; Delegacia de Polícia (Planaltina), em 26 de agosto. À época, o acusado disse ter cometido o homicídio dentro da Blazer prata. O advogado Marcos Venício frisa que o cozinheiro já havia confirmado não ter cometido crime sexual contra a vítima.
"Ao falar comigo, ele disse que conversou com Letícia no carro, com o objetivo de manterem uma relação sexual. O Marinésio alega que ela concordou e, por isso seguiram até o matagal (onde ela foi encontrada, na área entre Planaltina e Paranoá). Ali, ela teria gritado por socorro. Ele disse que não sabia o que fazer e acabou a matando", detalhou.
O advogado ainda não teve acesso aos laudos da morte de Letícia, mas para ele, os resultados irão indicar que Marinésio "não está mentindo em momento algum. Estas provas são importantes para dar credibilidade ao que ele fala sobre os outros casos. Ele afirma não ter cometido nenhum outro crime além dos assassinatos de Genir e Letícia. Trabalhamos para comprovar isso".

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