Alexandre de Paula, Walder Galvão
postado em 14/09/2019 07:00
Segundo o secretário, apesar da sensação de que crimes do tipo avançaram no DF, os dados da pasta demonstram que não houve aumento dos casos em relação aos anos anteriores. ;O número de mortes de mulheres vem equilibrado desde 2014. O que houve, a partir de 2015, foi a tipificação, com a nova lei, do crime de feminicídio. Em 2014, por exemplo, tivemos 49 homicídios de mulheres e nenhum feminicídio, porque não existia a lei. Porém, provavelmente metade ou mais da metade deles foram feminicídios;, explica.
Torres destaca que o feminicídio e a violência contra a mulher exigem trabalho integrado entre diversas áreas do governo e participação ativa da sociedade nas denúncias. ;As estatísticas mostram que 84% dos crimes de feminicídio aconteceram dentro de residências, onde o Estado não chega;, diz. ;Nós percebemos que teríamos conseguido evitar a grande maioria dos crimes se já soubéssemos que existia agressão, ameaça ou problemas anteriores;, complementa.
Na avaliação do secretário, há, hoje, uma normalização da violência, como se a sociedade tivesse se acostumado ao número elevado de crimes bárbaros. ;Não devemos nos acostumar com a violência. Isso não é normal. Precisamos reagir a tudo que está acontecendo, e é isso que estamos tentando fazer aqui na secretaria.;