Cidades

Tio de acusado de crime da 113 Sul disse que Adriana Villela foi mandante

Depoimento foi relembrado por Renato Nunes Henriques, delegado de polícia de Montalvânia (MG), no julgamento desta terça-feira

Alan Rios
postado em 24/09/2019 13:00

Adriana Villela chega ao TJDFT para o julgamento do 'crime da 113 Sul' O julgamento de Adriana Villela no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) traz à tona depoimentos detalhados à Polícia Civil do DF e de Minas Gerais da época do crime e das prisões. O mais relevante para a acusação, até o momento, é a oitiva do lavrador Neilor Teixeira da Mota, tio de Paulinho. Paulo Cardoso Santana foi condenado pelo triplo homicídio do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, de Maria Carvalho Villela, e da empregada do casal, Francisca Nascimento Silva. Neilor disse no depoimento de 2012 que Adriana havia sido a mandante do crime, segundo o delegado Renato Nunes Henriques, da polícia de Montalvânia (MG).

A defesa contestou. "É insustentável que a Adriana seja a mandante", disse o advogado Kakay. O advogado da arquitera ainda reforçou o suposto envolvimento do lavrador Neilor Teixeira. "Temos a convicção de que ele participou do crime. A defesa insistiu muito na investigação desse senhor, mas ele não foi preso", completou Kakay.

A defesa de Villela ressalta que Leonardo, já preso, nunca disse que houve mandante do crime, diferente de Neilor, que não foi acusado. O tio de Paulinho foi investigado na época, mas não houve provas suficientes de que ele havia participado do crime.

O delegado Renato, testemunha de acusação do julgamento, afirmou que não é possível comprovar a participação dele no crime. "A peça do Neilor não foi anexada ao quebra cabeças da investigação. É leviano da minha parte afirmar que ele é o autor", disse.

Mais cedo no depoimento Renato chegou a falar que Neilor estava preparado para o triplo homicídio, utilizando até mesmo uma faca bem amolada para fácil perfuração. "Geralmente, latrocínio é um roubo que deu errado, mas os acusados demonstraram intenção de matar", disse o delegado.

Renato também contestou atos da 8; Delegacia de Polícia (SIA)

, dizendo que ouviu relatos, por exemplo, de que suspeitos foram torturados pela PCDF. "Já a Corvida não usou de métodos não ortodoxos, sempre fez tudo correto", opinou.

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