Cidades

Procurador do Crime da 113 Sul: ''Nunca enfrentei tanta força econômica''

Para ele, a ré empregou diversos meios econômicos para realizar sua defesa, como a contratação de peritos particulares que apresentam pontos enviesados

Alan Rios
postado em 30/09/2019 11:49
Julgamento de Adriana Villela é o mais longo de apenas um réu da história do DFA força econômica empregada na defesa de Adriana Villela foi criticada pelo Ministério Público nesta segunda-feira (30/9). Antes do começo do oitavo dia de julgamento, o procurador Maurício Miranda deu declarações contra as testemunhas apresentadas pelos advogados da ré.

"Nunca enfrentei tanta força econômica em um processo como agora, com Adriana Villela. Estamos há dez anos esperando o julgamento e vimos peritos particulares pagos para fazer um trabalho que, claro, não vai apresentar pontos favoráveis para a acusação. Fica ridícula a posição deles diante do contexto;, disse. Na época do crime, Miranda era promotor de Justiça.

No último domingo (29/9), a defesa de Adriana apresentou um perito criminal para prestar depoimento como testemunha. Sami El Jundi, funcionário do Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul (IGP/RS), disse ter usado uma técnica padrão do FBI ; a polícia federal dos Estados Unidos. Ao júri, Sami defendeu que os elementos colhidos nas análises periciais indicam que o crime se tratava de um latrocínio. Os autores, segundo o perito, teriam entrado no apartamento para roubar. No entanto, por um motivo não identificado, mataram as vítimas.

Leitura de peças

Após a declaração de Maurício Miranda, teve início o oitavo dia de julgamento de Adriana Villela. A sessão começou com a leitura das peças, um resumo das principais partes dos autos do processo. Ao todo, o processo possui mais de 20 mil páginas, em 75 capítulos. Para que os detalhes sejam novamente esclarecidos e ressaltados, o Ministério Público escolheu manter a leitura. A defesa havia pedido, no último domingo, para que essa parte seja dispensada, acreditando que ;as provas estão maduras;, segundo o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, Kakay. A etapa contará com leitura depoimentos de cinco pessoas, divulgação de áudio de outro envolvido e exibições de cinco vídeos, entre oitivas e reconstituições do crime.

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