A mãe de Yann descobriu que o celular do filho estava quebrado e, por isso, ele não falava com a família havia três semanas. A pessoa que o identificou, segundo Márcia, reconheceu o rapaz devido às notícias que saíram sobre o desaparecimento dele. "É a hora de fazer agradecimentos. Sempre acreditei que, por baixo de todo comportamento, crença ou padrão, existe amor. A corrente que foi feita é uma coisa inacreditável. Alcançou mais de 200 mil pessoas. Chegou até a Itália", contou a artista plástica, que ainda não conversou com o filho.
Yann viajava sozinho de bicicleta desde agosto. O brasiliense seguia de Brumado para o Vale do Capão, na Chapada Diamantina, onde encontraria um amigo. O jovem levava uma vida itinerante e vivia da música. Ele saiu de Brasília em 2018 para cursar filosofia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mas trancou a matrícula para percorrer o país.
Registro de ocorrência
O músico é o filho do meio entre cinco irmãos. A última vez em que Yann teria visualizado o celular foi em 16 de setembro, segundo a família. Nesta segunda-feira (7/10), Márcia comentou que o jovem costumava ficar, no máximo, três dias sem dar notícias. Sem conseguir informações sobre o filho, ela registrou uma ocorrência na 11; Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante).Desde que começou a viagem, o jovem chegou a passar um período em Minas Gerais, mas estava em Vitória da Conquista (BA) quando falou pela última vez com a mãe, moradora do Gama. Ela conta que o pai de Yann, o artista plástico Marlon Barbosa Maia, irá ao encontro do filho. "Queremos que ele (Yann) volte, mas ele parece muito feliz lá. Essas coisas são fugas. Sei que ele precisava olhar para dentro de si, curar as questões dele", acredita Márcia.