Mariana Machado
postado em 25/10/2019 21:14
[FOTO1] Apesar das suspeitas da Polícia Civil de que Noélia Rodrigues de Oliveira, 38 anos, estava tendo um relacionamento extraconjugal com o homem que a matou, o esposo dela, o vigilante Marcos Paulo, 42 anos, descarta a tese. Um vizinho da vítima está preso temporariamente, suspeito de ter baleado a vendedora na noite de 17 de outubro.
;Tenho confiança de que ela não era uma pessoa assim, ela não fazia esse tipo de coisa. Mas cada um pensa da forma que quer. Não era a imagem que ela passava, tanto para a minha família, quanto para a dela;, relata.
Registros de ligações obtidos pelos agentes da 38; Delegacia de Polícia (Vicente Pires), que apura o caso, mostram que Noélia e o vizinho mantinham contato. No telefone dela, havia chamadas de até uma hora de duração. Para a polícia, isso corrobora com a tese de que havia um caso entre os dois.
Para Marcos Paulo, a existência das ligações não prova que houvesse um relacionamento. Casados há mais de 11 anos, ele relata que nunca existiu suspeita de traição. ;A gente acredita que ela tenha pegado uma carona inocentemente. Vi as imagens e ela não deixava nenhuma impressão de que fazia algo errado. Ela era sincera, sempre foi uma pessoa que passava confiança.;
Noélia foi vista com vida pela última vez ao sair de um shopping na Asa Norte, onde trabalhava, em direção ao Eixo Monumental. Câmeras de segurança da área registraram o trajeto. Nas imagens, é possível ver dois carros se aproximando da vítima, que aparentemente se esconde atrás de uma moita.
Devido à baixa qualidade da filmagem, não é possível identificar se algum deles parou para que a vendedora entrasse.
Relembre o caso
Noélia desapareceu em 17 de outubro, por volta das 22h. Antes de sair do shopping, ela teria ligado para o marido, avisando que estava a caminho de casa. Depois disso, não deu mais notícias.
O corpo dela foi encontrado no Assentamento 26 de Setembro, com uma marca de tiro próximo ao nariz. Nesta quinta-feira (24/10), a Polícia Civil prendeu temporariamente o vizinho, principal suspeito de ter disparado. Ele não confessou o crime.