Cidades

Alunas acusam professor de assédio no Paranoá; polícia investiga o caso

Oito estudantes acusam o professor de assediá-las. Secretaria de Educação também abriu processo administrativo disciplinar para apurar o caso

Juliana Andrade
postado em 22/11/2019 16:03
[FOTO1]A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga acusações de assédio sexual contra um professor de ensino fundamental e noturno do Paranoá. Oito alunas da escola pública contam que foram assediadas pelo docente.

Encarregada pelo caso, a 6; Delegacia de Polícia (DP) já colheu o depoimento de quatro das estudantes e de uma coordenadora do colégio. As alunas ouvidas são adolescentes entre 16 e 17 anos e estudam à noite. Já o professor pertence à rede de ensino e, segundo a Polícia Civil, tem cerca de 21 anos de serviço.

As alunas dizem que o professor as tocava, dizia palavras e fazia gestos impróprios e pedia fotos delas nas redes sociais. Uma das alunas relatou à polícia que o professor fez gestos com as mãos insinuando um órgão genital feminino durante a aula. Outra estudante declarou que ele pediu fotos dela pelo Facebook.

"A situação de assédio é muito grave, até pela situação hierárquica que existe entre professor e aluno. Isso pode levar a um constrangimento maior entre as adolescentes", avalia a delegada da 6;DP, Jane Klébia.

Secretaria investiga

A Secretaria de Educação também apura o caso. As alunas que denunciaram o caso buscaram primeiro a ajuda da direção da escola. Na delegacia, as estudantes disseram que houve uma reunião com os responsáveis pelo colégio, mas a presença do professor acusado as teria intimidado.
A delegada destaca que o diretor da instituição foi intimado e deve ser ouvido em breve. "Vamos recolher todos os depoimentos para poder ouvir o acusado", diz Jane Klébia.
[SAIBAMAIS]Por meio de nota, a Secretaria de Educação afirmou que a Corregedoria da pasta abriu uma processo administrativo disciplinar para apurar as denúncias. "Se comprovada, ele será afastado imediatamente até que o processo seja concluído e as penalidades, que podem ir até a demissão, determinadas", diz o texto.
A Secretaria destaca que o docente tem o direito da ampla defesa. "A Secretaria só pode afastá-lo caso sua conduta inadequada seja comprovada. A averiguação preliminar da Corregedoria não encontrou provas contra ele. A direção da escola também não comprovou as denúncias", ressalta a nota.

Outro caso em apuração

Um professor temporário do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 104 Norte foi afastado após acusações de lecionar conteúdo obscenos para alunos do 6; ano. Os alunos fotografaram o conteúdo exposto do quadro, que continha palavras e figuras de cunho sexual. O caso está sendo investigado pela 2; Delegacia de Polícia (Asa Norte).

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação