TT Catalão fazia do jornalismo poesia e da poesia jornalismo. Personagem raro nas redações de hoje em dia. Incandescente. Nos textos e nos versos, era instigador e libertário, como Reynaldo Jardim e Ary Pára-Raios. Tive a honra de ser seu colega no Correio, até de ter um livro prefaciado por ele (falo com orgulho), sempre generoso com escritores iniciantes.
Lapidava textos até chegar ao tutano das palavras e gostava de ensinar a importância da visualização da mensagem. Não deixava o jornalismo cair na sarjeta das commodities. Nas reuniões de pauta (ajudou na reforma gráfica do jornal), valorizava a informação como um artista plástico, um poeta... Assim se mostrou durante anos nos textos impressos e nas redes sociais.
Todos os dias, enviava para um grupo de amigos-fãs um poema curto, um haicai, um desabafo que não deixavam a gente se acomodar com a desfaçatez que a realidade brasileira insiste em nos impor.
“2020, não desista de você, não desista do brasil”. Foi a última mensagem que TT Catalão compartilhou. TT é esperança... Será sempre assim...
Sepultamento
O velório de TT Catalão será na manhã desta sexta-feira (3/1), às 10h, no Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul. O sepultamento será a partir das 16h, no cemitério Campo da Esperança, também na Asa Sul. A família faz o convite para que todos os que forem à despedida compareçam de branco, em forma de homenagem ao poeta.
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