Cidades

Feminicídio: assassino de Adriana Almeida é preso pela Polícia Civil

A vítima foi morta com 32 facadas pelo companheiro, Wellington de Sousa Lopes, em 29 de setembro de 2019, no Riacho Fundo 1

Correio Braziliense
postado em 10/01/2020 15:40
Adriana e Wellington: companheiro tinha histórico de agressõesAgentes do Departamento de Atividades Especiais (Depate) prenderam, na manhã desta sexta-feira (10/1), o motorista de transporte pirata Wellington de Sousa Lopes, 37. Ele foi encontrado em uma via pública do Sudoeste. O homem era considerado foragido pelo feminicídio da companheira, Adriana Maria de Almeida, 29, cometido em 29 de setembro de 2019. A mulher foi morta com 32 facadas, no apartamento onde vivia com o suspeito, no Conjunto 4 do Setor Placa da Mercedes, no Riacho Fundo 1. O casal tinha uma filha de 5 anos, que não presenciou o crime. 

Wellington e Adriana estavam juntos havia sete anos. No dia do assassinato, pela manhã, eles tiveram uma discussão. Em meio à briga, o acusado teria pegado uma faca para atacar a mulher. Após os golpes, a vítima caiu morta no chão da sala e a arma do crime foi deixada no banheiro da residência, conforme apuração da 29ª Delegacia de Polícia (Riacho Fundo 1), que ficou responsável pelo caso. 
 
Depois do homicídio, Wellington pegou roupas e outros pertences pessoais, colocou em uma mala e fugiu. Câmeras de segurança da região capturaram o momento em que o acusado foge com os objetos no carro dele, um Fiat Palio prata. Desde então, ele não tinha sido mais visto e era considerado foragido. 
 
O corpo de Adriana foi encontrado somente no início da noite de 29 de setembro, quando familiares passaram a se preocupar com a ausência dela. Dois parentes se deslocaram até o apartamento e, ali, escutaram o som alto ligado. Eles bateram na porta e, como não obtiveram resposta, chamaram um chaveiro. Só então eles entraram no local e encontraram o cadáver. 
 
A mulher já tinha aberto duas ocorrências contra o companheiro, em 2015 e 2017. Os casos ocorreram na Área de Desenvolvimento Econômico de Águas Claras e em São Sebastião, respectivamente. Em ambos os relatos, Adriana contou ter sido agredida e ameaçada de morte por Wellington. Ela chegou a receber medidas protetivas, mas revogou o pedido na Justiça.

 
Onde procurar ajuda 


Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência — Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República
Telefone: 180 (disque-denúncia)

Centro de Atendimento à Mulher (Ceam)
» De segunda a sexta-feira, das 8h às 18h
» Locais: 102 Sul (Estação do Metrô), Ceilândia, Planaltina

Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam)
» Entrequadra 204/205 Sul - Asa Sul
(61) 3207-6172

Disque 100 — Ministério dos Direitos Humanos
Telefone: 100

Programa de Prevenção à Violência Doméstica (Provid) da Polícia Militar 
Telefones: (61) 3910-1349 / (61) 3910-1350 

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