Juliana Andrade
postado em 12/01/2020 19:50

O objetivo do acusado era forjar uma situação que justificasse os hematomas da vítima. "Ele considerava a ex uma amiga e solicitou a ajuda dela. Mandou mensagem a chamando para Brasília, mas ela veio e o denunciou. Ele queria que elas (a ex e a atual companheira) viessem à delegacia e inventassem que as lesões seriam decorrentes de um briga entre elas, mas depois mudou a história, pedindo para que a vítima falasse que brigou em uma festa;, explicou Morais. A ex, que mora no Entorno, teria aproveitado a oportunidade para denunciar o agressor.
À polícia, a vítima relatou que teria ficado dois dias sem comer e que as agressões eram constantes. "Ela relatou que ele a agredia diariamente e a todo momento. Inclusive, a deixando sem comer e beber por dois dias. Ela disse que ele a agredia com qualquer coisa que ele via pela frente;, comentou o delegado. Quando o tatuador saía, a vítima ficava amarrada e amordaçada.
Na delegacia, o acusado inicialmente negou as agressões, mas, com o decorrer da investigação, optou por permanecer calado. O tatuador teve a prisão preventiva decretada neste domingo, por tortura, ameaça e cárcere privado. A pena pode chegar a 16 anos.
A Polícia Civil aguarda a quebra de sigilo do celular para avaliar outros crimes, como injúria, e se há outros envolvidos. Durante a semana, serão feitas novas diligências e oitivas.