Cidades

Sesipe deve ampliar câmeras de segurança para evitar fugas na Papuda

Fuga de três detentos acendeu alerta na segurança pública. Justiça decidiu interditar a Ala A do prédio para reforma emergencial

Correio Braziliense
postado em 29/01/2020 20:49
complexo penitenciário da papudaReforço das estruturas e ampliação do circuito interno de segurança serão medidas tomadas pela segurança pública para evitar novas fugas no Complexo Penitenciário da Papuda. Na madrugada de terça-feira (27/1), André Cândido Aparecido da Silva, 40 anos, Carlos Augusto Mota de Oliveira, 43, e Roberto Barbosa dos Santos, 41, escaparam da unidade prisional após cavarem um buraco na parede de uma cela no Bloco 1 da Ala A do Centro de Detenção Provisória (CDP). A Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) investiga se servidores facilitaram a ação dos detentos.
 
Nesta quarta-feira (29/1), o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) interditou a área para reforma emergencial. A deliberação da juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais, partiu pela contestação da fragilidade da construção do presídio, ainda na década de 1960. “Entendo necessária a retirada dos presos daquela ala para que a administração penitenciária providencie os devidos reparos e com a devida urgência, sobretudo para evitar a ocorrência de novas evasões”, destaca. 
 
Mediante decisão, a Sesipe transferiu os 330 detentos, com idades entre 40 e 60 anos, para outras alas do CDP. O órgão tem 120 para apresentar à Justiça um plano de recuperação estrutural. Nesta quinta-feira (30/1), um engenheiro da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) realizará vistoria no espaço interditado. 
 
Segundo o subsecretário Adval Cardoso, da Sesipe, o objetivo é entregar a proposta à Justiça antes do prazo. “A vinda do profissional será importante para delimitar uma obra mais rápida e prática, mas ao mesmo tempo, segura. Queremos que o processo comece o quanto antes, pois sofremos com a superlotação. Então, qualquer interdição causa prejuízos tanto para os próprios detentos, quanto para os agentes”, afirma. 
 
“Iremos reforçar a estrutura das paredes com uma proteção mais segura, que impeça possíveis fugas. Além disso, também vamos trabalhar com a tecnologia ao nosso lado, com a instalação de novas câmeras de segurança e com mais scanners para serem usados para vistoria das visitas”, acrescenta. 

Sobre o risco de novas fugas, Adval Cardoso analisa que a fuga de André, Carlos e Roberto “acendeu, sim, um alerta". "Sabemos que não podemos nos descuidar, pois a estrutura da cadeia é antiga e nosso efetivo é pouco para o tamanho da demanda. Por isso, estamos alinhando a segurança com o uso da tecnologia.”
 
Da esquerda para direita: André Cândido Aparecido da Silva, 40 anos, Carlos Augusto Mota de Oliveira, e Roberto Barbosa dos Santos 
 
O subsecretário destacou que houve abertura de procedimento administrativo para apurar as circunstâncias do ocorrido. "Vamos analisar se houve ou não facilitação da fuga por parte de algum servidor, como é praxe em todas as ocorrências de fuga registradas no sistema prisional. Contudo, ainda não há indícios", frisa Adval Cardoso. 
 
Até a última atualização desta reportagem, os detentos não tinham sido localizados ou presos. Equipes das polícias Militar, Civil e Federal foram acionadas. A Sesipe frisa que quem tiver qualquer informação sobre os homens pode ligar nos telefones (61) 3234-4468, 197 e 190. A denúncia pode ser anônima. 

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