Cidades

Após chacina, ciganos abandonam acampamento em Sobradinho

O tiroteio deixou quatro pessoas mortas e três feridas, no sábado (1/2). Polícia ainda procura dois suspeitos de participarem do crime

Correio Braziliense
postado em 03/02/2020 06:00
Cerca de 200 pessoas moravam no local Duas pessoas com suspeita de participação na chacina que aconteceu em um acampamento cigano, em Sobradinho, seguem foragidas. A Polícia Civil  trabalha para descobrir as identidades de dois homens que estavam em um dos carros envolvidos no crime. As investigações, até agora, corroboram a versão de que o tiroteio — que deixou quatro pessoas mortas, no sábado — resultou de um desentendimento durante a negociação de veículos de origem ilícita. Depois do caso, os cerca de 200 moradores da comunidade abandonaram o local.
 
No início da tarde de sábado, dois homens chegaram ao acampamento a pé, para negociar a compra de um GM Astra roubado. Enquanto a dupla conversava com um morador do acampamento, um cigano que se encontra hospitalizado, seis homens chegaram em um HRV Honda prata, desceram do veículo e atiraram contra os demais.
 
A dupla revidou e matou três dos ocupantes do automóvel. No momento da fuga, um segundo morador do acampamento chegou em um Siena prata, mas teve o veículo roubado pelos dois homens que estavam a pé. A vítima levou um tiro no olho, além de quatro no abdômen, e morreu na hora.
 
Após fugir, a dupla foi localizada em duas unidades de saúde. Um deles deu entrada no Hospital Regional de Santa Maria, recebeu alta e está detido; o outro está sob escolta policial no hospital do Gama e acabou preso em flagrante. Eles tiveram ajuda de um casal de conhecidos, que também prestou depoimento. Um deles foi preso. 
 
Ontem, o delegado-chefe da 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho), Hudson Maldonado, detalhou como ocorreu a ação. Ele ressaltou que não há suspeita de envolvimento dos ciganos nos homicídios, mas os investigadores apuram se atividades irregulares aconteciam no acampamento. “Testemunhas dizem que os ocupantes do Honda HRV chegaram atirando. Outro, que estava no carro, diz que o grupo foi lá para cobrar dinheiro e foram recebidos com tiros. Pode ser que os dois grupos tenham combinado. Também investigamos se há alguma relação com um grupo criminoso”, declarou Hudson.
 
A polícia tenta descobrir quem deu início ao tiroteio. Por enquanto, nem as armas nem os veículos usados no crime foram localizados. No sábado, 11 pessoas prestaram depoimento na 13ªDP. Quatro veículos foram apreendidos no acampamento, além de objetos pessoais e de R$ 1,2 mil, que estavam com a vítima do Siena. Os três autuados devem ser indiciados por homicídio qualificado e latrocínio.

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