Cidades

Bolsonaro autoriza Forças Armadas em torno do Presídio Federal de Brasília

Um dos motivos pela autorização estaria a ameaça de fuga do líder do PCC, o Marcola. A decisão vale até 6 de maio

O presidente Jair Bolsonaro autorizou o emprego das Forças Armadas em torno do Presídio Federal de Brasília. O decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) com a decisão está publicado no Diário Oficial da União, desta sexta-feira (7/2). O documento também é assinado pelos ministros Sérgio Moro (Justiça), Fernando de Azevedo e Silva (Defesa) e Augusto Heleno (GSI).

 

A justificativa para medida estaria na ameaça de fuga do líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, que está no complexo. A decisão vale pelo período de 7 de fevereiro a 6 de maio de 2020. Azevedo e Silva definirá a alocação dos meios disponíveis e o raio de atuação.

 

Ainda segundo o decreto, o emprego das Forças Armadas será realizado “em articulação com as forças de segurança pública competentes e com o apoio de agentes penitenciários do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública.”

 

O Correio entrou em contato com o Ministério da Justiça pedindo mais informações sobre o decreto e aguarda um posicionamento.  Em nota, o Ministério da Defesa informou que o emprego das Forças Armadas foi um pedido do Ministério da Justiça e Segurança Pública e tem caráter preventivo, com o objetivo de se manter elevado nível de segurança do local onde estão isolados integrantes de organizações criminosas. 

Exército no local

No final do ano passado,. Ele veio para Brasília, em fevereiro, em uma megaoperação feita em presídios de São Paulo para isolar 22 lideranças do PCC.

 

Marcola, que estava na Penitenciária II de Presidente Venceslau, foi transferido primeiro para Porto Velho, em Rondônia. Em março, menos de um mês após sair da unidade paulista, o criminoso foi trazido para a Penitenciária Federal de Brasília. Outros três integrantes do PCC vieram no mesmo dia: Cláudio Barbará da Silva, Patrik Wellinton Salomão, e Pedro Luiz da Silva Moraes, o Chacal.