Correio Braziliense
postado em 14/02/2020 12:08
Laryssa Yasmim Pires de Moraes, 21 anos, assassina confessa da própria filha, Júlia Félix de Moraes, 2, teria tentado matar a criança anteriormente, segundo relato de familiares. De acordo com o delegado da 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro) Josué Ribeiro, em depoimento, a avó materna de Júlia afirmou que Laryssa Yasmin levava uma vida sem compromisso com a filha e teria tentado afogar a criança.
"Teve esse episódio anterior da banheira que a gente só soube no final do depoimento dela. Mas ela fala de um jeito como se tivesse sido um acidente. Que ela estava dando banho na menina e ela escorregou”, disse. No entanto, segundo o delegado, a avó da criança teria afirmado acreditar que o episódio tenha acontecido de propósito.
A menina morreu na manhã de quinta-feira (13/2), após ser asfixiada e levar duas facadas no peito. O corpo foi velado e e enterrado na manhã desta sexta-feira (14), no cemitério de Padre Bernardo.
"Teve esse episódio anterior da banheira que a gente só soube no final do depoimento dela. Mas ela fala de um jeito como se tivesse sido um acidente. Que ela estava dando banho na menina e ela escorregou”, disse. No entanto, segundo o delegado, a avó da criança teria afirmado acreditar que o episódio tenha acontecido de propósito.
A menina morreu na manhã de quinta-feira (13/2), após ser asfixiada e levar duas facadas no peito. O corpo foi velado e e enterrado na manhã desta sexta-feira (14), no cemitério de Padre Bernardo.
O tio de Júlia, Elves Rodrigues de Oliveira, 30, lembra de quando Laryssa teria realizado a primeira tentativa de homicídio, quando ainda morava em Padre Bernardo, município goiano distante cerca de 120km de Brasília.
"Ocorreu durante o banho. Ela (Laryssa) tentou afogar a menina e Julia precisou ser socorrida ao hospital. Laryssa alegou que tinha sido um acidente e assim ficou. Hoje a gente pode ver que não foi", analisa o caseiro.
"Não foi falta de aviso. Quando essa situação ocorreu, eu falei com o pai da Julia. Disse que ela não tinha a menor estrutura de criar e cuidar da criança. Foi quando o pai começou o processo de pedido de guarda", esclarece.
Ainda segundo Elves, o pai de Júlia só aceitou ajudar a ex-companheira por causa da filha. "Ele a amava demais. Tudo o que fazia era por essa menina. Só por isso deixou que Laryssa fosse morar lá. Eles não tinham nenhum relacionamento amoroso. Tanto que ela mantinha um namoro com uma mulher", acrescenta.
Guarda judicial
O delegado Josué Ribeiro contou que a avó materna tinha com objetivo obter a guarda da criança diante dos constantes descuidos de Laryssa Yasmin com Júlia. “A avó tentou obter a guarda judicial da criança. Não conseguiu lá em Goiás. Então falou com o pai que tentaria a guarda por aqui (DF). Foi quando o pai foi até a Defensoria Pública", disse.
No entanto, como Laryssa Yasmin e Júlia Félix estavam estabelecidas na quitinete alugada pelo pai da criança, a Defensoria teria o alertado de que não seria possível pleitear a guarda da filha. Para Josué Ribeiro, a resposta do órgão jurídico o motivou a pedir que Laryssa deixasse a quitinete. “Aí ele tinha mais pressa para ela sair de casa e poder fazer essa tentativa (de conseguir a guarda da criança) novamente”, disse.
De acordo com o delegado, a questão judicial seria suficiente para motivar o crime cometido por Laryssa Yasmin. “Faz a gente crer que isso poderia ser um bom ingrediente, senão a motivação inteira para o crime. É como se ela (Laryssa) tivesse pensado 'se eu não vou ter a guarda dela, ninguém mais vai ter'", pontuou.
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