Correio Braziliense
postado em 20/03/2020 12:10
Devido à recomendação de ficar em casa por conta da pandemia do coronavírus, o consumo de água aumentou e alguns condomínios de Águas Claras têm sofrido com problemas no abastecimento. O transtorno ocorre todos os dias, desde a última terça-feira (17/3), e varia de duas a cinco horas sem água. No DF há, pelo menos, 84 casos confirmados da doença.
O gestor do Acqua Village, Kleiton Oliveira, 30 anos, relata as dificuldades pelas quais os moradores vêm passando. “A pressão muito baixa entregue pela Caesb provoca a demora no enchimento dos reservatórios inferiores dos condomínios verticais, que só conseguem enviar água para as coberturas das torres quando o nível está relativamente seguro. Caso contrário, ocasiona entrada de ar e, consequentemente, queima as bombas”, detalha.
“Os reservatórios das coberturas dos prédios estão sendo consumidos mais rapidamente, devido ao aumento de pessoas em casa. Tem ocorrido falta de água momentânea até que os reservatórios inferiores sejam enchidos para enviar água para as coberturas e cheguem aos moradores”, comenta o gestor.
Kleiton diz que o problema vem acontecendo em diversas regiões de Águas Claras, principalmente nas áreas mais altas da cidade. Ele relata que os moradores já abriram protocolos junto à Caesb, mas ainda não obtiveram resposta. “Quanto aos protocolos que registramos, nenhum deles surtiu efeito com visita de um técnico”, afirmou. Ao Correio, a companhia esclareceu que vai enviar uma equipe para verificar o problema.
Em nota, a Caesb informou que uma equipe de manutenção esteve no Acqua Village, nesta manhã e identificou que a pressão no hidrômetro está normal, não se tratando de um problema ocasionado pela Companhia. O condomínio foi notificado que deve verificar as instalações internas.
Para a averiguação do problema, a equipe da Caesb pausou o abastecimento por cerca de 1h, colocaram um medidor de pressão, atestaram a pressão de 18 e alegaram que estão dentro da exigência da norma. “Mesmo eu e a manutenção mostrando que no reservatório está bem mais fraco do que era, está demorando bem mais, eles falaram que só poderiam intervir na pressão se estivesse abaixo de 10”, disse o gestor. “Recomendaram economizarmos. De fato é comprovado que a pressão caiu, mas eles informaram estarem dentro do limite permitido”, finalizou.
*Estagiário sob supervisão de Sibele Negromonte.
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