Cidades

Índice de endividamento das famílias do DF cai pela terceira vez no ano

Diante da redução do consumo durante a quarentena, famílias do DF estão devendo menos, diz estudo da Fecomércio-DF

Correio Braziliense
postado em 17/04/2020 11:20
Com o comércio fechado, há menos consumo e, consequentemente, menos endividamentoA Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) divulgou, nesta sexta-feira (17/4), uma pesquisa que mostra que o endividamento das famílias brasilienses diminuiu em abril em comparação com o mês de março. Com isso, o número das famílias inadimplentes do DF caiu pela terceira vez consecutiva este ano. 

De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), o número de famílias com algum tipo de dívida na capital passou de 786.885 em março para 773.227 no mês de abril. Isso significa que 77,4% das famílias brasilienses estão endividadas no mês de abril, contra 78,9% em março. Já a quantidade de famílias com contas em atraso registrou aumento: passou de 105.919 mil famílias para 122.736 mil. 

O estudo mostra ainda que 5% dos entrevistados afirmaram estar muito endividados; 14,9% mais ou menos endividados; 57,5% pouco endividados e 22,5% não têm dívidas. Dentre os endividados, 33,9% disseram possuir algum tipo de dívida há 30 dias; 38,6% entre 30 e 90 dias e 25,2% acima de 3 meses.

Segundo o presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, a queda em abril já era esperada, por causa do fechamento do comércio no DF como medida para enfrentar a pandemia do coronavírus, no dia 19 de março. “O maior causador de dívidas no DF é o cartão de crédito. Com o comércio fechado e a quarentena imposta na cidade, os consumidores estão gastando menos nesta modalidade de compra. A tendência para os próximos meses é que o número caia ainda mais se a situação continuar a mesma”, conclui Maia.

Em fevereiro deste ano, 92,7% dos entrevistados afirmaram estar comprometidos com o cartão de crédito Em março o índice caiu para 91,8% e agora em abril está em 86,7%. Por outro lado, o número de pessoas com contas em atraso aumentou. 

De acordo com presidente, algumas pessoas estão com a renda comprometida, o que pode ter contribuído para o aumento da porcentagem no mês de abril. "Algumas pessoas estão com os salários comprometidos ou perderão o emprego por causa desse cenário incerto. Por ora, elas não terão dinheiro para pagar as contas e ficarão inadimplentes", afirma Maia.

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) orienta os empresários do comércio de bens, serviços e turismo que utilizam o crédito como ferramenta estratégica e também acompanhamenta o perfil de endividamento do consumidor, com informações sobre o nível de comprometimento da renda do com contas e dívidas em atraso, além de sua percepção em relação à capacidade de pagamento.

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