Correio Braziliense
postado em 08/05/2020 19:36
O casal acusado de cometer fraudes bancárias pela internet teve a prisão temporária convertida para preventiva pela Justiça. A decisão ocorreu nesta sexta-feira (8/5). Os suspeitos foram detidos na Operação Testa de Ferro, realizada na última segunda-feira (4/5) por agentes da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC).
Segundo investigação da unidade especializada, a dupla, 32 e 28 anos, acessava as contas bancárias das vítimas, em maior parte empresas, e transferiam os valores para as contas de laranjas. Posteriormente, esse dinheiro era repassado ou então sacado ou utilizado em falsas compras. Em uma das operações criminosas, os acusados geraram prejuízo de cerca de R$ 824 mil.
De acordo com o delegado Dário Taciano de Freitas Junior, a apuração acerca da atuação da dupla continuou para comprovar que eles integram uma associação criminosa. “Trata-se de um grupo voltado à prática de lavagem de valores obtidos por intermédio da prática de furto mediante fraude. Por considerar o risco à ordem pública e para garantir a continuidade das investigações, o Poder Judiciário decretou a prisão preventiva dos autuados”, afirma.
“Após a realização da operação, localizamos evidências da atuação dos acusados. Eles realizavam furto qualificado pela fraude, bem como de lavagem de capitais, a fim de realizar o branqueamento dos valores obtidos com as condutas criminosas antecedentes, sendo as ações delituosas mencionadas praticadas em contexto de associação criminosa da qual os representados fazem parte”, destaca o investigador.
Ainda segundo Dário Junior, as investigações acerca da quadrilha continuam, uma vez que “acreditamos que os valores do golpe, na verdade, podem ser o triplo do apontado pelos autuados, levando as atividades desenvolvidas pelo grupo ao prejuízo de milhões de reais de diversas vítimas”.
Identificação da quadrilha
A Operação Testa de Ferro é resultado de uma série de investigações de fraudes bancárias, identificadas no início de junho de 2019, cometidas contra empresas de São Paulo. A DRCC conseguiu apurar que o dinheiro tinha sido transferido para diversas contas de laranjas pelo Brasil, incluindo o Distrito Federal e a região Norte.
Após a primeira etapa de apuração dos crimes, dois foragidos foram presos, em 22 e 23 de julho passado. Um homem, de 46 anos, foi encontrado em Sorocaba (SP) e a namorada dele, de 39 anos, foi detida em uma cidade da Bahia. Eles atuavam como laranjas dentro da associação criminosa, recebendo os recursos provenientes de fraudes e outros crimes de estelionato.
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