Covid-19: campos de futebol sintético serão lacrados com solda em Ceilândia

Medida foi necessária para evitar que a população se reúna em aglomeração. Em março a administração de Ceilândia colocou cadeados em todos os campos de futebol, porém, eles foram arrombados

Correio Braziliense

postado em 04/06/2020 17:31

Para coibir aglomerações em práticas esportivas, a Administração de Ceilândia vai lacrar com solda os 16 campos de futebol sintéticos da região. A medida se tornou necessária após os cadeados colocados nos equipamentos públicos, em março, serem arrombados para a realização de partidas de futebol na comunidade. 

A iluminação pública também será cortada aos arredores dos campos. “As pessoas não respeitavam a orientação. Arrebentaram os cadeados para jogar bola de dia e de noite sem limites”, destaca o administrador de Ceilândia, Marcelo Piauí. A previsão é que, até esta sexta-feira (5/6), todos os espaços estejam fechados. 

Com quase 500 mil habitantes, Ceilândia concentra a maior quantidade de casos do novo coronavírus entre as regiões administrativas. Até o momento, são 1.375 pessoas infectadas. O índice preocupa as autoridades do Executivo local, que tem realizado várias ações para combater a propagação da doença. Nesta quinta-feira (4/6), a Secretaria de Saúde instalou um gabinete especial que irá acompanhar a execução das medidas de ampliação no atendimento aos pacientes suspeitos e confirmados de covid-19. 

Marcelo Piauí ressalta que a Administração de Ceilândia tem participado ativamente das reuniões do governo para definir estratégias de combate ao coronavírus. “A ideia é unir forças com especialistas em saúde comunitária e sanitaristas. No entanto, a comunidade precisa seguir à risca as ações preventivas. Entre elas, evitar sair de casa, usar a máscara e higienizar as mãos”, afirma.

Ao todo, 40 mil máscaras foram distribuídas em Ceilândia. Equipes do governo também têm atuado com orientação e fiscalização do comércio. Entre as ações, a Secretaria DF Legal coibiu a atuação de ambulantes que comercializavam frutas do lado de fora da Feira Central de Ceilândia, o que é proibido. No Sol Nascente/Pôr do Sol, uma partida de futebol em um campo sintético foi interrompida, uma aglomeração em uma pista de skate foi dispersada e um bar, aberto com uma mesa de sinuca funcionando, foi interditado.