Cidades

Covid-19 gerou aumento na procura por programas de assistência do GDF

A maior procura é por cestas básicas. Entre março e maio de 2019, a Sedes atendeu 18.856 famílias carentes do DF. No mesmo período deste ano, o número saltou para o total de 66.422.

A procura pelos programas de assistência social do Governo do Distrito Federal (GDF) aumentou devido à pandemia causada pela covid-19. Os atendimentos da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) aumentaram 252% entre março e maio de 2020, em comparação ao mesmo período do ano passado. No último mês, a busca por amparo do GDF cresceu 371%, com um aumento de 5.923 casos em 2019 para 21.985, em 2020.
 
A Sedes atendeu 18.856 famílias carentes do DF, nos meses citados de 2019. Este ano, o número saltou para o total de 66.422 em março, abril e maio deste ano, época de isolamento social e outras medidas de combate ao coronavírus.  
 
Os números são definidos a partir dos serviços prestados por toda a rede socioassistencial do DF, como o Centro de Referência de Assistência Social (Cras), o Centro de Referência Especial de Assistência Social (Creas) e o Centro Pop. Esses locais oferecem atendimento especializado para as pessoas em situação de rua.
 
A maior procura é por cestas básicas. Só em maio, as unidades do Cras receberam 18.395 solicitações de famílias com dificuldades e insegurança alimentar, ou seja, 83% de todos os atendimentos feitos.
 
 

Cartão Prato Cheio

A grande demanda por alimentos levou o GDF a criar o Cartão Prato Cheio. Esse auxílio permite a transferência de crédito para aquisição de itens da cesta de básica e de pão e leite, como forma de garantir alimentação às famílias carentes do DF. O valor do benefício é de R$ 250, com uso restrito em estabelecimentos alimentícios (o cartão não está habilitado para a função saque).
 
Até 1º de julho, 30 mil famílias requereram essa ajuda em alguma das unidades de atendimento socioassistenciais do DF. Além dos 4 mil cartões já entregues, 26 mil unidades serão distribuídas entre 22 de junho e 1º de julho. Antes da pandemia, o governo entregava as cestas emergenciais em sete dias; com o aumento da demanda, esse prazo passou para 20 a 40 dias. 
 

Outros atendimentos


Saiba Mais

A Sedes também tem uma rede de assistência que auxilia a população carente de várias maneiras. Benefícios como auxílio no pagamento do aluguel, na reconstrução de uma casa que pegou fogo ou de um muro que desabou em uma tempestade, no nascimento de um novo membro da família ou em caso de morte, por exemplo, são apoios concedidos em situações emergenciais e não por meses continuados. 
 
O Creas atende de maneira especializada a fim de dar proteção e auxílio a famílias e indivíduos (crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos, mulheres) em situação de ameaça ou violação de direitos – como violência física, psicológica ou sexual. Os psicólogos e assistentes sociais recebem famílias de adolescentes que estejam cumprindo medidas socioeducativas ou se encontrem afastados do convívio familiar devido à situação de rua.

Neste momento, as visitas ao Cras e ao Creas estão suspensas. No entanto,  o atendimento tem ocorrido remotamente por telefone. A Sedes disponibilizou dois números por unidade, que funcionam tanto para os atendimentos iniciais quanto para o acompanhamento feito mensalmente pelos psicólogos e assistentes sociais.  
 
Na Estrutural, cerca de 70% dos trabalhadores são autônomos e enfrentam dificuldade de trabalhar durante a pandemia, 1,2 mil famílias se encontram em situação de extrema pobreza e 1,8 mil são beneficiárias do Bolsa Família. O Cras de Samambaia Sul atende mais de 100 ligações por dia. Há pessoas que vão até o portão da unidade porque não têm nem telefone em casa. Com a pandemia, várias famílias começaram a ser atendidas.
 

Agência Brasília/Divulgação - Lista telefônica
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