Correio Braziliense
postado em 18/06/2020 15:23
A procura pelos programas de assistência social do Governo do Distrito Federal (GDF) aumentou devido à pandemia causada pela covid-19. Os atendimentos da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) aumentaram 252% entre março e maio de 2020, em comparação ao mesmo período do ano passado. No último mês, a busca por amparo do GDF cresceu 371%, com um aumento de 5.923 casos em 2019 para 21.985, em 2020.
A Sedes atendeu 18.856 famílias carentes do DF, nos meses citados de 2019. Este ano, o número saltou para o total de 66.422 em março, abril e maio deste ano, época de isolamento social e outras medidas de combate ao coronavírus.
Os números são definidos a partir dos serviços prestados por toda a rede socioassistencial do DF, como o Centro de Referência de Assistência Social (Cras), o Centro de Referência Especial de Assistência Social (Creas) e o Centro Pop. Esses locais oferecem atendimento especializado para as pessoas em situação de rua.
A maior procura é por cestas básicas. Só em maio, as unidades do Cras receberam 18.395 solicitações de famílias com dificuldades e insegurança alimentar, ou seja, 83% de todos os atendimentos feitos.
Cartão Prato Cheio
A grande demanda por alimentos levou o GDF a criar o Cartão Prato Cheio. Esse auxílio permite a transferência de crédito para aquisição de itens da cesta de básica e de pão e leite, como forma de garantir alimentação às famílias carentes do DF. O valor do benefício é de R$ 250, com uso restrito em estabelecimentos alimentícios (o cartão não está habilitado para a função saque).
Até 1º de julho, 30 mil famílias requereram essa ajuda em alguma das unidades de atendimento socioassistenciais do DF. Além dos 4 mil cartões já entregues, 26 mil unidades serão distribuídas entre 22 de junho e 1º de julho. Antes da pandemia, o governo entregava as cestas emergenciais em sete dias; com o aumento da demanda, esse prazo passou para 20 a 40 dias.
Outros atendimentos
Saiba Mais
O Creas atende de maneira especializada a fim de dar proteção e auxílio a famílias e indivíduos (crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos, mulheres) em situação de ameaça ou violação de direitos – como violência física, psicológica ou sexual. Os psicólogos e assistentes sociais recebem famílias de adolescentes que estejam cumprindo medidas socioeducativas ou se encontrem afastados do convívio familiar devido à situação de rua.
Neste momento, as visitas ao Cras e ao Creas estão suspensas. No entanto, o atendimento tem ocorrido remotamente por telefone. A Sedes disponibilizou dois números por unidade, que funcionam tanto para os atendimentos iniciais quanto para o acompanhamento feito mensalmente pelos psicólogos e assistentes sociais.
Na Estrutural, cerca de 70% dos trabalhadores são autônomos e enfrentam dificuldade de trabalhar durante a pandemia, 1,2 mil famílias se encontram em situação de extrema pobreza e 1,8 mil são beneficiárias do Bolsa Família. O Cras de Samambaia Sul atende mais de 100 ligações por dia. Há pessoas que vão até o portão da unidade porque não têm nem telefone em casa. Com a pandemia, várias famílias começaram a ser atendidas.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.