Cidades

PCDF desarticula acampamento de extremistas bolsonaristas em Brasília

Integrantes dos grupos "300 do Brasil", "Patriotas" e "QG Rural" estavam alojados no local após deixarem uma chácara no Núcleo Rural Rajadinha, região entre Paranoá e Planaltina. Houve a apreensão de fogos de artifícios e outros materiais

Correio Braziliense
postado em 21/06/2020 09:34
Os grupos se alojaram em Arniqueiras após deixarem uma chácara no Núcleo Rural Rajadinha, na região entre  Paranoá e PlanaltinaA Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desarticulou, na manhã deste domingo (21/6), mais um acampamento de grupos extremistas de apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Os "300 do Brasil", "Patriotas" e "QG Rural" estavam alojados em uma chácara na região de Arniqueiras, no DF. Os manifestantes bolsonaristas ocuparam o espaço após deixarem a chácara do Núcleo Rural Rajadinha, região localizada entre o Paranoá e Planaltina, em maio. Será apurado a possível prática de milícia privada, ameaças e portes ilegais de arma de fogo. 
 
A operação foi deflagrada por meio da Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor), com apoio das divisões de Operações Especiais (DOE) e de Operações Aéreas (DOA). Cerca de 30 agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão no acampamento, por meio de determinação judicial. 
 
No espaço, os extremistas que se auto intitulam de "liberais", mantinham barracas instaladas e câmeras de segurança em toda a área da chácara. Além disso, os policiais apreenderam fogos de artifício, vários manuscritos com planejamento de ações e discursos, cartazes, aparelhos de telefone celular, um facão, um cofre (que ainda será aberto), e outros materiais destinados a manifestações. Com a apreensão, a Cecor irá investigar prosseguir com as investigações acerca dos grupos. 
 
 
 
Por meio das redes sociais, o extremista Renan Sena, integrante dos "300 do Brasil" — liderado por Sara Winter —  postou um vídeo criticando a operação. “Mais uma ação da ditadura comunista. Esses bandidos estão perseguindo quem luta pela nação para nos livrar dessa bandalheira dessa corrupção. Então, agora, a casa que dá base e apoio para o “Patriotas” e “QG Rural” foi invadida”, afirma. 
 
Renan continua a análise e convoca os apoiadores para o ato previsto na Esplanada dos Ministérios, neste domingo (21). “Hoje foram eles, amanhã será vocês, com essa ditadura do judiciário. Vamos para a rua, vamos todos lutar em apoio ao presidente e ao acampamento. Vamos para a Esplanada, não se acanhe. Todos pela nação”, finaliza. 
 
 

Protestos na Esplanada

Estão previstos dois atos na Esplanada dos Ministérios neste domingo (21), apesar das recomendações de isolamento social. Haverá manifestações a favor e contra o presidente Jair Bolsonaro. Para evitar conflitos, cerca de 900 policiais militares farão a segurança no local. Além disso, o centro da capital será dividido: ao lado direito ficarão os bolsonaristas e, no lado esquerdo, o grupo contra o governo. 
 
A manifestação favorável ao presidente se concentra no Museu da República. De lá, o grupo seguirá até o Ministério da Saúde e, então, retornam pela mesma rota. Já o ato contra Bolsonaro terá concentração no Teatro Nacional e o ponto final será o Ministério da Justiça.  
 

Líder presa

Um dos grupos alvos da operação, os "300 do Brasil" está com a líder presa por ameaçar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Sara Fernanda Giromini, mais conhecida por Sara Winter está detida na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, a Colmeia. Ela foi presa pela Polícia Federal na última segunda-feira (15/6) e, na sexta (19/6), teve a prisão temporária prorrogada por mais cinco dias

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