Correio Braziliense
postado em 22/06/2020 14:11
A mulher usava um método padrão, fazia o pedido, mas alegava que a comida estava ruim, os hambúrgueres não chegavam do jeito que pediu ou dizia que estavam com muito sal, entre outros problemas. A reclamação era feita nas redes sociais dos estabelecimentos. Ao Correio, ela afirma que está arrependida e que vai devolver o dinheiro dos proprietários que foram lesados.
Júlio César Nogueira, dono do restaurante El Noble, em Taguatinga, foi um dos que sofreu o golpe. “Junto com algumas pessoas que também estão passando por essa situação, percebemos que ela faz todo esse esquema desde 2018. Sempre fazia avaliações dos estabelecimentos. Entra nas redes sociais e começa a denegrir a imagem dos locais”, alega.
A mulher afirma que isso não procede, que a primeira a vez que cometeu o ato foi em agosto de 2019, no Meatz, em Águas Claras. Outro proprietário lesado foi o dono do Apache Hamburgueria, em Águas Claras, Igor Costa. “Este tipo de reclamação não é comum, mas quando acontece resolvemos da forma mais rápida possível. No caso, nem aprofundamos nessa situação, só resolvemos mandar o lanche novamente. Mas agora veio todo esse problema”, afirma. Ele foi lesado no final de agosto do ano passado.
Bruno Oliveira administra algumas redes sociais de restaurantes, e percebeu algumas reclamações estranhas. “Recebi uma reclamação na última quinta-feira (18/6) dizendo que um pedido estava ruim, seguindo o padrão dela. A minha cliente falou que iria resolver. Quando foi ontem (21/6), recebi a mesma mensagem na minha hamburgueria. A história era muito parecida, quando vi era a mesma pessoa reclamando. Mandei a mensagem no grupo de hamburgueria e várias pessoas começaram a relatar que passaram pela mesma situação”. explica Bruno
Saiba Mais
“Estou muito desesperada. Queria ter todo o dinheiro do mundo para dar a cada um. Queria, na verdade, voltar no tempo e apagar cada dia. Mas o que posso pedir é mil desculpas e perdão a cada lesado, vou arcar com todos os prejuízos. Vou pagar todos. E se me colocarem na justiça não posso fazer nada a não ser assumir todos meus erros. Eles estão aqui pra serem assumidos”, afirmou a mulher para a reportagem.
O delegado Wisllei Salomão, da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor (CORF), afirmou que as vítimas devem registrar as ocorrências, já que a conduta dela é reiterada e em vários estabelecimentos, pode caracterizar estelionato.
A polícia Militar do Distrito Federal PMDF) esclareceu que está à disposição e reitera que é muito importante que a população acione as equipes policiais em casos de flagrante de crime ou caso se visualize algo suspeito.
Estagiário sob supervisão de Nahima Maciel
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.