Cidades

Goiás: proprietário é multado em mais de R$ 2 milhões por desmatamento

Equipe de fiscalização identificou mais de mil hectares de desmatamento em propriedade rural de Cavalcante. Dono das terras foi autuado por supressão irregular

Correio Braziliense
postado em 27/06/2020 20:40
Na propriedade, havia 1.029 hectares desmatados, equivalente a mais de mil campos de futebolA Secretaria de Meio Ambiente de Goiás (Semad) identificou mais de mil hectares de desmatamento em propriedade rural localizada em Cavalcante, na sexta-feira (26/6). A ação é um desdobramento da operação iniciada em 22 de junho na região, com o apoio das forças policiais do estado.

As equipes da Semad, com suporte do Grupo Tático 3 (GT3), polícias Civil e Militar, autuaram o proprietário do imóvel em R$ 2,124 milhões pela supressão irregular de 1.029 hectares. Do total, 7,48 hectares estavam dentro da Área de Proteção Ambiental de Pouso Alto.

As equipes de fiscalização visitaram mais de 20 pontos no município, onde foram constatadas minerações sem licenciamento e desmatamento irregular em áreas públicas e particulares, uma delas do prefeito, Josemar Saraiva Freire, que emitiu licenças sem validade para o desmatamento de propriedades de sua posse.
 
Máquinas, materiais utilizados na chamada "limpeza do terreno" e lenha de madeira nativa foram apreendidos pelas equipes.

Memória 

A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente da Polícia Civil do Estado de Goiás, com a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad-GO), iniciou, em 4 de junho, operação para conter e punir responsáveis por desmatamento ilegal de mais mil hectares (o equivalente a mil campos de futebol) no Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga, na região da Chapada dos Veadeiros, em Cavalcante (GO). 
 
A destruição chegou ao conhecimento da Semad por meio de denúncia da comunidade quilombola kalunga da região. Em 5 de junho, equipes de fiscalização da pasta multaram em mais de R$ 300 mil proprietários que praticaram o desmatamento ilegal.
 
Na propriedade, também foram embargadas cerca de 300 toneladas de calcário. O material seria utilizado para preparar o solo para o plantio de soja, segundo técnicos que acompanharam o trabalho.

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