Cidades

Grupo responsável por hospital de campanha no Entorno é alvo de inquérito

Ministério Público do Goiás (MPGO) decidiu investigar o Instituto Rio Lagos após operação do Rio de Janeiro contra desvio de dinheiro

Correio Braziliense
postado em 02/07/2020 16:38
Ministério Público do Goiás (MPGO) decidiu investigar o Instituto Rio Lagos após operação do Rio de Janeiro contra desvio de dinheiroO Instituto Rio Lagos, responsável pela gestão do hospital de campanha em Águas Lindas (GO), é alvo de investigações do Ministério Público do Goiás (MPGO). O inquérito apura a contratação relâmpago para a gestão do hospital. A decisão do órgão vem depois de operação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) cumprir mandados contra integrantes do instituto. 

O MPGO afirma que o inquérito, instaurado em 30 de junho, visa acompanhar o cumprimento do Contrato de Gestão Emergencial para o enfrentamento do coronavírus no Hospital de Campanha de Águas Lindas de Goiás. Segundo o órgão, o inquérito também considera a operação deflagrada no Rio de Janeiro e tem como objetivo resguardar a prestação de serviços de saúde e aferir se o contrato cumpre todos os requisitos legais. 

A 57ª Promotoria de Justiça é a responsável pela investigação e solicitou à Secretaria de Estado da Saúde e à Secretaria de Estado da Casa Civil cópia do processo que embasou a contratação. 

Saiba Mais

Procuradas pela reportagem, as secretarias mencionadas não responderam até o fechamento da matéria. O espaço segue aberto para manifestação dos citados. 


Desvio de dinheiro


Integrantes do Instituto Rio Lagos são acusados de desviar mais de R$ 9,1 milhões de cofres públicos estaduais entre 2012 e 2019. O Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC/MPRJ) realizou, em 25 de junho, a operação Pagão para cumprir mandados de busca e apreensão contra os integrantes da organização social. 

Segundo denúncia, o instituto teve empenhados em seu favor R$ 649 milhões entre os anos de 2012 e 2019, para a gestão de unidades de saúde do Estado do Rio de Janeiro, tendo desviado R$ 9,1 milhões do valor.

De acordo com o MPRJ, o desvio de dinheiro era feito por meio do pagamento de valores superfaturados em favor de sociedades empresárias com o pretexto de adquirir produtos ou serviços terceirizados para o atendimento de UPAs e hospitais administrados pelo Instituto Rio Lagos.

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