O caso é apurado pela 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul) desde a semana passada, quando houve divulgação das imagens da suruba. Além do flagrante feito a longa distância, passaram a circular nas redes sociais vídeos de ato sexual e fotos de uma das jovens que teria participado da relação. Os novos materiais poderão auxiliar os agentes a identificar os envolvidos no caso.
Ainda, de acordo com o delegado Wellington Barros, chefe da 10ª DP, os investigadores receberam “três vídeos, sendo que nas imagens aparecem um ou dois casais praticando o ato sexual na lancha, no Lago Paranoá. Então, a fim de viabilizar a apuração do caso, pedimos que os moradores do Distrito Federal nos auxiliem. Lembrando que as denúncias são sigilosas e que não há a identificação de ninguém.”
O Correio teve acesso a um dos vídeos do sexo explícito, em que aparecem dois homens — sendo que um deles realizava a filmagem. O material não foi divulgado pois a exposição de material pornográfico sem o consentimento configura crime de vazamento de nudez, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a Lei nº 13.718/18.
Outro ponto destacado pelo delegado é que, se comprovado que as imagens que expuseram a jovem que participou do sexo grupal foram divulgadas sem consentimento, os envolvidos também poderão responder pelo crime de vazamento de nudez.
Vítimas de crime contra a honra
Além da investigação para identificar os envolvidos na suruba na lancha, a PCDF apura crimes contra a honra relacionados ao caso. Isso porque, até a semana passada, ao menos oito moradores da capital federal tiveram as imagens pessoais associadas ao grupo que praticou o sexo grupal. As pessoas, que não têm nenhum envolvimento com o ato sexual, tiveram fotos e perfis em redes sociais divulgados criminosamente.
A primeira vítima a relatar a associação é uma mulher, que fez um boletim de ocorrência na 20ª DP (Gama), quinta-feira passada (2/7). Pelo perfil no Instagram, a jovem passou a receber diversas solicitações de seguidores e mensagens de cunho sexual ofensivas.
Na madrugada da última sexta-feira (3), sete pessoas, três homens e quatro mulheres, procuraram a 19ª DP (Setor P Norte — Ceilândia). As vítimas também passaram a ser incomodadas por terem as imagens associadas ao sexo grupal.
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