Cidades

Rapaz picado por naja exótica no DF é fã de cobras e estuda veterinária

Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkuhl, 22 anos, compartilha diversas publicações com fotos e vídeos de cobras. Jovem está internado e em coma

Correio Braziliense
postado em 08/07/2020 15:45
Pedro Henrique Santos Krambeck LehmkuhlInternado e em coma depois de ser picado por uma cobra naja exótica, o jovem Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkuhl, 22 anos, demonstra, nas redes sociais, ser um admirador desse réptil.

Em um perfil no Facebook, o rapaz costuma compartilhar diversas publicações com imagens de cobras. Em uma delas, uma criança aparece brincando com o animal. Contudo, não há, ao menos em modo público, qualquer registro que revele espécimes criados pelo próprio estudante. A cobra naja que picou o estudante foi encontrada na noite desta quarta-feira (8).
 
Postagem de cobras nas redes de Pedro 

Além do gosto por serpentes, Pedro também exibe publicamente interesse por artistas de sertanejo, como Gusttavo Lima e Eduardo Costa, e pagode, a exemplo de Péricles. Nos esportes, o rapaz acompanhava uma página de notícias do Vasco e três de equipes norte-americanas: Orlando City, Las Vegas City e Philadelphia Union — cujo símbolo é uma cobra.

A foto de perfil do jovem foi alterada duas vezes nesta quarta-feira (8/7), quando ele já estava internado. A primeira imagem foi a de um quadrado preto. Nela, dois amigos comentaram pedindo notícias de Pedro e desejando melhoras. A segunda — e atual imagem — é a de uma bandeira do Brasil.

Pedro cursa medicina veterinária na Uniceplac desde 2016. A coordenadora do curso, Daniella Ribeiro Guimarães Mendes, disse ao Correio que diversos alunos manifestam apreço pelos mais diversos tipos de animais, mas são instruídos sobre a necessidade do respeito ao habitat de cada espécie. "Para aulas, podemos ter bovinos, equinos e outros animais mais domésticos. Animais selvagens em cativeiro representam um perigo e pode ser um mal para o próprio animal. Até porque é impossível alguém sair andando e se deparar com uma espécie dessas por aqui", pontuou.

Saiba Mais

A cobra criada por Pedro e que o picou é originária da Ásia e, segundo o diretor de répteis, anfíbios e artrópodes do Zoológico de Brasília, Carlos Eduardo Nóbrega, não tem postura agressiva. "Essa espécie só ataca quando se sente muito ameaçada. Porém, é muito nociva ao ser humano e pode levar à morte 1h depois da picada", explicou. A Polícia Civil do DF investiga a origem do animal.

O rapaz está internado no Hospital Maria Auxiliadora desde terça-feira (7/7), em coma na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). O soro antiofídico necessário para o tratamento do veneno, que é estocado pelo Instituto Butantan em São Paulo, chegou em Brasília durante a noite de terça-feira. 

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