Cidades

Após autorização da Justiça, comércio segue funcionando

Depois de sucessivos decretos e decisões judiciais que deixaram os clientes e proprietários de estabelecimentos confusos, comércio volta ao funcionamento

Correio Braziliense
postado em 10/07/2020 15:37
Salões em Sobradinho colocaram placas nas portas alertando para o uso de máscara e álcool em gelCom o comércio autorizado a funcionar novamente, após a Justiça acatar ao recurso do Governo do Distrito Federal na noite de quinta-feira (9/7), salões e academias também voltam a funcionar. Contudo, para manter as portas abertas, são necessárias adequações. Academias, por exemplo, não podem utilizar catracas com biometria, e salões devem afastar as cadeiras de atendimento em dois metros.
 
Na manhã desta sexta-feira (10/7), a reportagem percorreu as áreas comerciais do Sudoeste, Sobradinho, e Plano Piloto e observou o processo de adaptação. No Plano, o clima ainda é de incerteza entre os comerciantes. Muitos destes estabelecimentos permanecem fechados mesmo após a liberação. 
 

Saiba Mais

A academia Acuas Fitness, localizada na Asa Sul, precisou mudar o planos de reabertura. Depois de ter programado abrir as portas na próxima segunda-feira (13/7), a gerência do estabelecimento suspendeu novamente a reabertura.  
 
“A gente vai ter que refazer o retrabalho de marketing, ligar pros cliente, mandar e-mail, colocar nas redes sociais. É um retrabalho que a gente faz a cada novo decreto”, argumenta Fabíula Magalhães, gerente do estabelecimento.  “Fica essa confusão e o cliente também não sabe ao certo o que vai acontecer. A gente está à mercê do poder executivo para poder liberar.”
 
Na quadra 300 do Sudoeste, área repleta de salões de beleza, a maioria dos estabelecimentos continuava de portas fechadas nesta sexta-feira (10/7). Depois de ficar fechado por quatro meses, o salão de José Felix, 57 anos, reabriu na quarta-feira (8/7) e suspendeu as atividades no dia seguinte. “Isso gera uma instabilidade e uma incerteza muito grande. Pra nós, é complicado porque são muitas expectativas não só dos clientes, mas também dos funcionários.” 
 
José retomou as atividades nesta sexta, seguindo todas as normas estabelecidas de proteção. Após desinfecção das calçados na porta da loja, o cliente precisa higienizar as mãos com álcool fornecido pelo estabelecimento. 
 
As cadeiras estão dispostas segundo as normas de segurança para não superlotar o ambiente, todos os funcionários usam equipamento de segurança e o atendimento somente é feito com agendamento. “Nós estamos conscientes de que a reabertura tem que ser programada e responsável”, afirma o dono.
 
Em Sobradinho, muitas academias estavam fechadas, enquanto outras passam por reformas para atender às normas do decreto que autorizou o retorno dos serviços. Nos salões de beleza, portas semiabertas, mas funcionários trabalhando de máscaras e face shields. Nos balcões, álcool em gel disponível para os clientes. 
 
Na área central de Sobradinho 2, a população cumpria também a obrigatoriedade do uso de máscaras. Em zonas mais periféricas, no entanto, muitos ainda insistem em descumprir a lei. Na Vila Rabelo, foram vários os flagrantes de pessoas sem máscaras, ou quaisquer cuidados de prevenção contra o coronavírus.

Entenda

Em 2 de julho, o governador Ibaneis Rocha publicou o decreto de nº 40.939, autorizando que academias e salões de beleza pudessem reabrir em 7 de julho, e bares e restaurantes, em 15 de julho. Além disso, instituições de ensino da rede particular poderiam voltar a funcionar em 27 de julho, e da rede pública, em 3 de agosto.
 
Foi então que a Justiça suspendeu a decisão e deu prazo de 24 horas para que o governo editasse o decreto. Ibaneis entrou com recurso e foi atendido na noite de quinta-feira (9/7). Com isso, o decreto voltou a valer.

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