Cidades

Aprovados em concursos da Saúde e Educação fazem ato por nomeação

O grupo pede a nomeação para cargos dos concursos realizados em 2016 e 2018

Correio Braziliense
postado em 13/07/2020 11:45

Manifestantes realizam o ato na praça do BuritiCerca de 50 manifestantes realizam um ato na praça do Palácio do Buriti, na manhã desta segunda-feira (13/7), para pedir a nomeação para os cargos das secretarias de Educação (SEE) e de Saúde (SE), realizados em 2016 e em 2018, respectivamente. Os presentes foram aprovados para as funções de técnico de gestão educacional e de gestor educacional, analista de gestão educacional e para administrador. Ainda pela manhã, integrantes do Governo do Distrito Federal (GDF) se reuniram com o deputado distrital Jorge Viana (Podemos), presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) da Câmara Legislativa (CLDF), e representantes dos manifestantes.

 

O grupo se reuniu com faixas e cartazes solicitando as nomeações por parte do Governo do Distrito Federal. Por conta da pandemia, foi respeitada a distância mínima entre cada pessoa e o uso obrigatório da máscara de proteção. Os primeiros manifestantes começaram a se organizar no local no início da manhã, por volta das 8h, como Laiana Carvalho, aprovada para o cargo administrativo da Secretaria de Saúde. 

 

"Estamos em uma situação frustrante, pois não houve o chamamento de nenhum aprovado para a função. Se ao menos tivessem começado a solicitar os concursados, estaríamos vendo a fila andar, e restaria uma esperança. Mas já são dois anos de espera, mesmo quando há um déficit da profissão dentro da rede. Atualmente, segundo levantamento realizado pelo grupo de trabalho da área, são 162 administradores na ativa. A análise apontou a necessidade de se chamar, urgentemente, 407 novos concursados para ocupar a função", afirma. 

 

Laiana destaca que a manifestação, em conjunto com os demais aprovados pela Educação, ocorreu para "tentar sensibilizar o governador (Ibaneis Rocha) quanto a nossa situação". "Nos dedicamos muito para conseguirmos a aprovação e, simplesmente, não ocorre a nomeação. Consequentemente, isso acarreta desvio de função de outros servidores da Secretaria de Saúde, porque precisam desempenhar um trabalho que seria nosso. Isso diminui a qualidade do serviço", diz.

 

 

 

Além dos manifestantes, o deputado distrital Jorge Viana participou do ato em apoio aos aprovados e concorda que a falta de nomeação nos cargos da Saúde geram um desvio da função. "Desse modo, torna-se o caos que vemos diariamente. Temos muitos servidores realizando fichas de atendimento, por exemplo, que é um trabalho técnico. Sendo que há pessoas em cargos comissionados fazendo o serviço de administrador e sequer entendem a função", salienta.

 

"Consequentemente, não conseguimos fazer um controle dos estoques nas redes públicas e tampouco encontramos os erros. E, assim, continuaremos sapateando nesse caos sempre, pois, quanto mais bagunçado um sistema, mais difícil se torna para encontrar as falhas dentro do sistema. Só quando tivermos os concursados nomeados, que estudaram para desempenhar as funções, é que teremos uma Saúde controlada, de algodão a medicação", analisa o parlamentar. 

 

Problemas na educação 

Segundo o deputado, o déficit de pessoal não é um problema encontrado apenas na Saúde. "A educação não é feita apenas de professores, pelo contrário. É preciso ter diversos profissionais em volta desse profissional para que a engrenagem possa girar. Só com apoio é que um professor consegue atuar. É necessário ter uma equipe que está ali para dar apoio e suporte aos alunos, isso tanto no ensino presencial, quanto à distância", finaliza. 

 

Para Flávio Amaral, aprovado para o cargo de apoio administrativo pela SEE, o momento de pandemia do novo coronavírus evidencia, ainda mais, a necessidade da contratação dos novos profissionais para atuar na rede pública. "Em 2017, havia vacância de 311 cargos. Solicitamos os dados atualizados, mas não recebemos. Mas, em meio a covid-19, esse número deve ter aumentado e muito, com os casos de contaminações e de aposentadorias", alega.  

 

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