A víbora-verde-de-voguel, cobra entregue ao Ibama na última sexta-feira, continua sob a responsabilidade do Instituto Zoológico de Brasília, onde ficará até que o Governo Federal dê uma destinação a ela. A serpente ainda não se alimentou, mas isso não significa que ela esteja passando fome.
É que as cobras possuem metabolismo lento e comem apenas quinzenalmente. Algumas espécies chegam a comer apenas uma vez por mês. A estratégia da equipe do Zoológico de Brasília é acompanhar o animal de acordo com a estrutura corporal dele. Trata-se de uma avaliação que leva em conta a massa de gordura e cobertura muscular do animal.
Nos próximos dias, a equipe do zoológico começará a ofertar alimentação ao animal. O responsável pelo trabalho detalhou como será: “A ideia é abater previamente os roedores, aí gente oferta para todos os exemplares, seja ele peçonhento ou não. A gente abre uma brecha no recinto com um pinção. Se a serpente comer ok, se não a gente tira esse animal e anota na ficha e vai acompanhando e ofertando de 15 em 15 dias, ou se for o caso vai ofertando semanalmente”, explicou Carlos Nóbrega, diretor de répteis do Zoológico, ao Correio.
O destino da cobra ainda não foi definido. A assessoria de comunicação do Ibama diz que o órgão buscará uma institutição científica para recepcionar o animal, “provavelmente o Butantan”, mas o Instituto Butantan afirma que ainda não foi procurado pelo Governo Federal. No entanto, o Ibama já garantiu que não vai sacrificar o animal.
Enquanto isso, a Polícia Civil do DF investiga qual a origem da serpente e se ela foi traficada para o Brasil pelo mesmo grupo que trouxe a cobra naja, que picou Pedro Henrique Krambeck Lehmkuhl, de 22 anos, no dia 8 de julho.
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