Cidades

Caso Naja: PMDF vai instaurar inquérito para apurar conduta de militares

A medida veio após investigações da 14ª Delegacia de Polícia (Gama) apontarem que militares do Batalhão de Polícia Militar Ambiental estavam tentando proteger os envolvidos no suposto esquema de tráfico internacional de animais exóticos e silvestres

Correio Braziliense
postado em 29/07/2020 22:31
Pedro Henrique dos Santos Krambeck Lehmkuhl está presoApós a suspeita de que militares do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) estariam tentando proteger os alvos da investigação da Polícia Civil do DF sobre tráfico de animais exóticos, incluindo Pedro Henrique dos Santos Krambeck Lehmkuhl, de 22 anos, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) vai instaurar um inquérito para investigar o caso. A informação foi confirmada ao Correio pela corporação. 

A PMDF esclareceu que adotará todas as medidas necessárias após a análise dos fatos. “A Corregedoria da PM irá conduzir os trabalhos de investigação com o Ministério Público Militar”, esclareceu.
 
A medida veio após investigações da 14ª Delegacia de Polícia (Gama) apontarem que militares do BPMA estavam tentando proteger os envolvidos no suposto esquema de tráfico internacional de animais exóticos e silvestres. Entre eles, está Pedro Henrique, preso na manhã desta quarta-feira (29/7), e o amigo, Gabriel Ribeiro de Moura, detido por ocultar provas e atrapalhar diligências. Os dois cumprem prisão temporária na Carceragem da Polícia Civil.
 
A naja que picou Pedro Henrique só foi encontrada um dia depois do incidente, em 8 de julho, próximo ao shopping Pier 21, após Gabriel Ribeiro tê-la soltado no local. Policiais civis estavam em contato com o jovem para a entrega da serpente. A princípio, estava tudo combinado para ele devolver a cobra, mas, em determinado momento, o estudante mudou de ideia e informou aos agentes que só entregaria o animal aos policiais militares. 

Em depoimento, o policial responsável afirmou que Gabriel teria dito para a equipe ir a vários outros locais onde, supostamente, estaria a cobra. Os militares seguiram, então, para a Ponte Alta do Gama, Lago Norte, Lago Sul, Setor de Mansões Lago Norte, Guará e, por fim, o estacionamento do shopping, onde a cobra foi encontrada em um recipiente plástico e conduzida à delegacia.
 
Gabriel não foi detido neste dia, o que aumenta os indícios de ocultação de provas. Essa hipótese, no entanto, será investigada com cautela.

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