A coordenadora da Biblioteca Pública Machado de Assis de Taguatinga, Jacyara Cavalcante de Paula, idealizou um projeto que passa, muitas vezes, ao largo da administração pública. O Livro livre, criado em 2014, tem como meta levar arte e aprendizado para jovens e crianças do Distrito Federal. O projeto é atualmente desenvolvido por uma equipe cuidadosa, que busca criar, desenvolver e executar as atividades de maneira simples e eficaz, para incentivar todos os participantes a aprender novas técnicas e possibilidades de desenvolvimento de trabalho por meio dos livros e daquilo que se expande por meio do universo literário.
A ideia básica é montar, ao lado dos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas, bibliotecas que funcionem dentro de suas unidades de atendimento. A equipe orienta e desenvolve as oficinas. Assim, os jovens aprendem novas técnicas que passam por criar estantes feitas de caixas de frutas até selecionar e catalogar os livros que farão parte do acervo.
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Todo o acervo utilizado para montar as bibliotecas é resultado de doações, que são selecionadas e repassadas aos jovens. A equipe do projeto vai até cada unidade desenvolver suas atividades, deixando um rastro artístico e literário por onde passa.
Quando o período das atividades termina, o grupo participante sai da biblioteca com um certificado e leva para casa os conhecimentos adquiridos. ;O projeto já ocorre em Samambaia, Taguatinga, São Sebastião e Recanto das Emas. As bibliotecas se transformam em um novo espaço de atividades e o certificado que eles recebem pode ajudar, inclusive, na hora de entrar no mercado de trabalho;, conta Jacyara.
Cheila de Souza é professora atuante em bibliotecas e também faz parte da equipe que conduz as atividades de formação técnica desde 2014. Ela acredita que um dos pontos mais importantes do projeto seja colocar os participantes em contato com todo o processo literário, desde a confecção física das bibliotecas. ;Muitas vezes esse é o primeiro contato que aqueles meninos têm com esse ambiente e a gente gosta de dizer que propicia esse contato de dentro para fora, ensinando desde o processo da estruturação física até a seleção e preparação das obras que ficarão nas estantes;, afirma a professora.
A proposta principal do projeto é criar agentes multiplicadores dentro de cada unidade, que possam continuar os trabalhos e a manutenção das bibliotecas depois que as oficinas terminarem.
Sobre a Biblioteca de Taguatinga
; Criada a partir da utilização do galpão de marcenaria do antigo Colégio EIT, a biblioteca inicialmente como comunitária foi inaugurada como Biblioteca Pública de Taguatinga em 1991. O local possui um acervo de aproximadamente 35 mil livros ativos, além de oferecer telecentro com acesso à internet, videoteca (CD/DVD;s) e oficinas de artesanato e inclusão digital.
Quantos jovens cumprem medida socioeducativa no Distrito Federal?
Internações: 911
Semiliberdade: 145
Atendimento em meio aberto: gira em torno de 4 mil jovens
(o número varia sempre de acordo com o término e início de novos grupos que cumprem a medida)
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