Diversão e Arte

Mário Salimon faz show pelo projeto Jazz em cantos

Salimon toca no Noah Garden Bar

Irlam Rocha Lima
postado em 19/12/2019 06:30

[FOTO1]Quando chegou a Brasília, em 1985, vindo de São José do Rio Preto (SP), Mário Salimon deixava claro o seu envolvimento com a música. Aqui, à época, ocorria o boom do rock, mas ele passou a largo do movimento que revelou para o Brasil bandas como Legião Urbana, Capital Inicial, Plebe Rede e Detrito Federal.

Embora não desgostasse daquele estilo, ao dar início à carreira musical, o jovem paulista tinha a atenção voltada para gêneros como funk, soul, reggae e jazz. Isso, em 1987, o levou a formar o grupo Fama, com o conterrâneo e guitarrista Edmilson Ferrari, o mineiro Dedé e os cariocas Gustavo Vasconcelos (bateria), Hélio Franco (percussão) e Dedé (mineiro).

Salimon, que faz show nesta quinta (19/12), às 20h30, no Noah Garden Bar, pelo projeto Jazz em cantos, lembra que, naquele tempo, um dos palcos mais concorridos na capital era o do Bom Demais, misto de bar, restaurante e casa de shows, na 706 Norte. ;As atrações do lugar eram Cássia Eller, Rubi e Adriano Faquini. Com trabalho autoral, o Fama se juntou a eles. Lá, fizemos várias apresentações;, conta.

Inquieto, o cantor tomou parte de outros projetos, entre eles, os que deram origem a Another Blues Band, Cocina Del Diablo e Oficina Blues. Mas, entre todos, o de maior sucesso foi a BSB Disco Club. ;Estava ao lado do Gustavo Vasconcelos na fundação da banda, da qual fui o primeiro vocalista. A BSB virou a queridinha do público brasiliense, ao cumprir seguidas temporadas no Gates; Pub, na 403 Sul;, recorda-se.

Quando decidiu seguir carreira solo, em 1997, começou a gravar um disco com um repertório de música experimental eletrônica que, por razões diversas, só foi finalizado 10 anos depois. O lançamento ocorreu em 2018, quando Salimon havia se radicado em Portugal. ;Moro no Algarve onde tenho me dedicado à fotografia, mas estou sempre atento a shows de músicos e grupos de várias partes da Europa que se apresentam por lá. Em Portugal, conheci bons músicos de jazz;.

No retorno à Brasília, para breve estada, Salimon foi convidado para fazer uma apresentação pelo projeto Jazz em cantos no Noah Garden Bar. ;Nesse show, em que vou cantar standards de jazz da obra de Cole Porter, Elton John e também Tom Jobim, além de algumas composições autorais, terei a meu lado no palco Oswaldo Amorim (baixo) e Eladio Oduber (piano), velhos companheiros de bandas nas décadas de 1970 e 1980, Misael Barros (bateria) e o trompetista Moisés Alves como convidado especial;.

Aqui, o cantor soube que o selo GRV vai lançar em 2020, pela série Raridades discos da Banda 69, Tonton Macoute e do Fama. Segundo o produtor Gustavo Vasconcellos, trata-se do primeiro voltado para a preservação de memória da música de Brasília, remasterizado e a ser lançado nos formatos digital e físico. Será um catálogo com três CDs dentro e mais hotsite. Entre as músicas do Fama estão Curva 88, Dance Floor e Cadernos do Terceiro Mundo.

Mário Salimon

Show do cantor e compositor e banda nesta quinta (19/12), às 20h30, no Noah Garden Bar (409 Sul, Bloco C, Loja 25. Ingresso: R$ 25. Não recomendado para menores de 18 anos. Informações: 99514-6271.

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