Diversão e Arte

Documentário sobre Darlan Rosa tem lançamento no aniversário de Brasília

Radicado em Brasília desde os anos 1960, o artista plástico foi apresentador do programa 'Carrossel', esculpiu obras icônicas da cidade e criou o personagem Zé Gotinha

Correio Braziliense
postado em 19/04/2020 12:00
Darlan Rosa
Nesta segunda-feira (20/4), véspera do aniversário de 60 anos de Brasília, quatro produtoras lançarão virtualmente o documentário O risco do artista – vida e obra de Darlan Rosa, que homenageia um grande ícone da capital: o artista plástico Darlan Rosa, cuja história se confunde com a da cidade e faz parte de sua identidade.

O documentário, realizado pela Trupe do filme, Abravídeo, Mamulengo Studio e Durand Estúdio Produção e Música, por meio de financiamento coletivo, está disponível no YouTube e terá evento de lançamento virtual nas redes sociais com participação ao vivo de Darlan, conversando sobre a vida, a obra e os 60 anos da capital. O vídeo traz depoimentos do homenageado e de outras figuras ligadas a ele.

Mineiro radicado em Brasília desde meados dos anos de 1960, Darlan ficou conhecido como Titio Darlan ao comandar o programa infantil Carrossel, da TV Brasília, primeiro programa televisivo infantil da capital que era febre entre a garotada, e marcou uma geração. Além de comandar as brincadeiras e anunciar os quadros, Darlan passava noções de desenho para as crianças. “Até hoje os adultos, que era crianças daquela época, lembram, e eu tenho muito orgulho de ter participado da vida deles”, comenta o artista, em entrevista ao Correio.

Formado em publicidade e escultor de mármore desde quando morava em Minas Gerais e aprendeu o ofício com o pai, Darlan trabalhou em outras emissoras de tevê como programador gráfico, e esculpiu algumas obras bastante conhecidas na capital, como as que estão instaladas no gramado do Memorial JK e o Casulo Interativo, no CCBB. Em 1986, criou o personagem Zé Gotinha, mascote da campanha internacional de vacinação contra a poliomielite.

“Eu me sinto privilegiado de estar participando desta história. Brasília foi construída pelo sonho de muitas pessoas que vieram para cá inspiradas no Juscelino. Eu me sinto parte desta epopeia. Eu saio nas ruas e encontro pessoas que me assistiram na tevê, que foram meus alunos na UniCeub e na UnB e que agora interagem com as minhas esculturas. Viajo bastante para o exterior e, quando volto a Brasília, tenho a sensação que nossa cidade é única”, declara-se à cidade que adotou como lar em 1967, aos 20 anos.

Darlan continua se dedicando, em tempo integral, à produção das esculturas e à organização de seu acervo, e que os filhos estão trabalhando em prol de uma fundação para disponibilizar o vasto material ainda inédito, sobretudo das gravuras e das esculturas digitais, que o artista faz como protótipo das esculturas reais. “Nos últimos 26 anos por causa de uma alergia a matérias de pintura, desenvolvi todo um trabalho no meio digital. E, como eu sou workaholic, os trabalhos proliferaram.”        

*Estagiário sob a supervisão de Adriana Izel

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