Diversão e Arte

Leia a íntegra do que disse Anitta sobre Leo Dias: "Não tenho mais medo"

Anitta acusou Leo Dias de ameaçá-la e chantageá-la, além de divulgar áudios como forma de retaliação. O jornalista nega a versão da cantora

Correio Braziliense
postado em 25/05/2020 21:47
AnittaA cantora Anitta usou as redes sociais no domingo à noite para dizer que vinha sendo ameaçada e que se sentia chantageada pelo jornalista Leo Dias. Segundo ela, o colunista começou as ameaças após ela desmentir uma de suas notas e atribuiu a ele o vazamento de alguns áudios que estavam circulando na internet no mesmo dia. 

Anitta disse ainda que se sentiu chantageada por Dias durante anos e que por muito tempo foi fonte do jornalista por ter medo de ele destruir sua carreira. Leo respondeu na segunda-feira, negou as ameaças e publicou áudios e várias informações que teria sobre a cantora.

Leia a seguir a íntegra do que disse Anitta sobre Leo Dias:

"Eu vim aqui quebrar o silêncio sobre uma parada que já me persegue há muito tempo, há muitos anos. Eu não sou do tipo de pessoa... eu sempre evito dar palco para esse tipo de coisa, não costumo, porém, neste momento, eu estou achando supernecessário, porque minha mentalidade mudou e eu acho importante expor, não só pelas coisas que estão acontecendo, mas também porque, graças a Deus, eu estou com uma cabeça liberta. Agora, já com 27 anos, eu estou com uma cabeça completamente diferente. Estou mais feliz, mais leve e escolhi não passar mais por certos tipos de coisas.

Bom, é o seguinte: faz algum tempo já que eu vivo um grande dilema na minha vida. Essa semana, eu fui ameaçada por um jornalista chamado Leo Dias. Ele ameaçou não só a mim, mas à minha equipe também, por uma notícia que ele deu e que não era verdadeira, sobre o motivo pelo qual minha mãe tinha saído da minha casa e tal. Disse que ela estava morando no subúrbio e eu desmenti, porque ela realmente não está. Eu dei um apartamento pra ela etc. Você acompanharam essa polêmica.

Então eu desmenti esse fato, até porque minha mãe não saiu por isso, eu posso até mostrar mais prints, mas acho que não tem necessidade. Depois, o povo falou que eu mandei minha mãe fazer vídeo, eu jamais faria isso. Minha mãe detesta esse tipo de coisa. Bom, a verdade é que, depois, eu descobri que ela realmente estava no subúrbio. Ela explicou num vídeo, ela foi para... enfim, uma questão x. Aí ela resolveu falar para eu não passar por mentirosa, porque ela realmente estava lá, mas não está morando lá.



Acontece que, desde que eu desmenti essa nota, ele vem ameaçando a mim e à minha equipe de vazar conversas minhas com ele, vazar áudios meus com ele, pela internet. Botar a internet para escutar áudios e prints de conversas da gente de quando eu ainda pensava que era possível e eu precisava ser fonte desse jornalista para eu não ter a minha carreira acabada, cancelada.

Eu tinha esse pensamento na minha cabeça. Eu tinha muito medo de, caramba, se ele, se eu não for fonte dele... Uma das coisas que mais me apavoram é ter pessoas falando coisas de mim que não é verdade. Isso me deixa muito triste, quem me conhece sabe. E, por muitos anos da minha vida, eu tive esse medo. Desde o dia em que eu conheci ele, que muita gente me falou que ele descobria um monte de coisa, como descobriu até que minha mãe foi pro subúrbio e nem eu sabia.

Eu vivi muitos anos com esse medo, eu vivi muitos anos achando que se eu não fosse fonte de informações pra ele, não só da minha vida, mas também de qualquer coisa que eu soubesse, ele podia acabar com minha carreira. Ele podia, sei lá, falar um monte de coisa de mim que pudesse acabar comigo.

Tive esse medo. Hoje, graças a Deus, aos 27 anos, eu não tenho mais medo. Eu quero dizer que eu acho que o público sabe quem são as pessoas, não adianta a gente mentir. Eu não sou a dona da razão, a senhora perfeita, né? Eu entendo que todo mundo erra, eu erro pra caramba. Talvez eu nem pense mais — eu estou falando isso porque ele já vem vazando alguns dos áudios, inclusive áudios e prints que ele mandou pra gente, ameaçando, não só eu, mas também pessoas da minha equipe.

Depois dessa última ameaça, eu bloqueei ele, dei report, então não consigo ver coisas de mais para frente da nossa trajetória de conversas na vida, até porque eu troco de celular e não me preocupo em ficar juntando dossiê contra pessoas que eu conheço, esse não é meu caráter, minha forma de ser. Mas eu mandei para minha assessoria, mandei para minha equipe, para as pessoas responsáveis por isso.



E respondi a ele que eu não seria mais, que eu não queria mais ser alvo de ameaça, de chantagem, desse tipo de coisa. Eu não tenho mais medo disso. Eu acho que nada... Teve um outro dia, não vou ter esse print, mas ele falou isso em algum vídeo, numa live, não sei, porque as pessoas ficam me mandando... Eu queria pedir pras pessoas: não me mandem, gente. Eu não ouço os áudios pelos quais ele me ameaça. Quando ele posta na internet, eu nem ouço, encaminho diretamente para minha equipe resolver porque eu não quero entrar nessa energia de medo que eu entrava antes, era sempre o que era acostumado a fazer comigo, todos esse anos.

Imagina. Quando a gente fala as coisas... Como eu vou explicar isso pra vocês? Eu não quero ser ofensiva com ninguém que tenha problema de dependência química, eu respeito muito a doença das pessoas, eu acho que todo mundo tem o seu problema e deve ser respeitado por isso. Porém, a gente sabe que produtos químicos alteram a agressividade, a maneira de pensar, a forma como a pessoa vai se comunicar, o senso de responsabilidade ou não. E por muitas vezes eu recebi (mensagens) extremamente nervosas e eu pensava "meu Deus o que eu faço com isso?" Cheguei a ajudar ele a fazer um livro sobre mim, falando sobre essa questão, "poxa, então vamos fazer um tratamento, vai fazer um tratamento e tal". Ele já falou sobre isso também, não é nenhuma novidade, não é uma coisa que eu estou insultando a pessoa dele ou inventando, de jeito nenhum, eu encaro isso com respeito e responsabilidade. 

Porém, eu me senti por diversas vezes perdida do que fazer, embora meu assessor falasse várias vezes "para de falar com ele". E eu parava, e ele fazia várias notas horríveis sobre mim na imprensa, um dossiê de pessoas falando coisas horríveis sobre mim... E aí eu ficava arrasada com aquilo e voltava a falar com ele, por medo, por não querer continuar com esse caos na vida.

Mas o que eu estava falando era que: numa dessas tentativas, ele veio falar pra mim que... eu estou tremendo, gente, eu fico muito nervosa com essa situação, uma situação que realmente me desestabiliza, me desestabilizava, agora eu não vou mais deixar isso acontecer. Por muitas vezes, ele perguntou por que eu não voltaria a falar com ele, dessa última vez que eu parei de falar com ele de vez, e eu falei que minha vida estava mais leve sem ele. Ele até fez uma live, falando "que absurdo, não sei o quê". Me mandaram, eu pedi por favor não me mandem mais essas coisas, é uma coisa que realmente mexe comigo.

Mas acontece que realmente eu queria agora dar um fim nessas ameaças e nessas chantagens. Eu queria dizer ao Leo Dias que, não importa qual o nível ou o teor ou qualquer coisa que eu tenha dito, ou falado ou conversado com você, seja por medo, ou por emoção, seja por chantagem ou ameaça, ou por eu ser alguém que hoje eu não sou... Tem coisas que eu pensava que talvez eu nem pense, em alguns dos áudios com os quais ele me ameaça, tem coisa que é sei lá de quantos anos (atrás), eu tinha, 18, 19, talvez coisas que eu até tenha mudado de ideia.

Estou aqui disposta a me desculpar ou me... Sei lá, qualquer coisa que eu possa ter falado com ele, ou conversado com ele e que hoje não condiz com meu pensamento ou que possa fazer mal a alguém, eu estou aqui preparadíssima. Eu prefiro lidar com a turbulência de ter áudios ou prints ou conversas vazadas por você, Leo Dias, do que viver com o constante medo de uma chantagem do que pode acontecer com minha carreira, do que pode acontecer com minha vida, do que pode ser vazado sobre mim, meu Deus. Porque eu sempre falei e apaguei, porque para mim assim era uma coisa tão...

Eu me desespero tanto, eu estou tremendo, eu estou nesse momento tremendo,  fico tremendo... Eu realmente decidi, nesse momento da minha vida, que eu prefiro, de verdade, conviver com qualquer consequência de qualquer coisa que eu tenha falado ou conversado com você, Leo Dias. Eu tenho a minha família, que vai me amar sempre, que vai me apoiar, vai me ajudar a crescer, a corrigir qualquer coisa de errado que eu tenha feito que você possa ter aí, sabe-se lá de qual ano. Eu prefiro conviver com isso, com as consequências dos meus próprios atos, do que conviver com um eterno medo de uma ameaça e de uma chantagem.

Então, é isso. Eu não tenho mais medo. Pode soltar qualquer coisa que você tiver sobre mim. Pode falar qualquer coisa, fazer qualquer matéria, seja ela verdadeira ou não. Eu vou continuar aqui trabalhando e sendo a pessoa que eu sou. E quem quiser acreditar em mim, no meu caráter, e em quem eu sou, vai estar comigo. Quem não quiser, infelizmente, (faz) parte da vida.

E queria que vocês soubessem que qualquer áudio meu que vazar por aí, ou print ou notícia duvidosa etc., é fruto de uma ameaça e de uma chantagem como vocês podem ver, como eu postei aqui um print pra vocês, o único que eu tenho guardado, infelizmente. Se eu soubesse que eu ia chegar nesse nível, eu teria guardado mais coisas, não tenho. Essas coisas que, se vocês replicarem, derem trela, vocês vão estar dando trela pra uma coisa que realmente é fruto de uma ameaça, de uma chantagem, que moveu a minha vida por muitos anos e que não move mais.

Não tenho mais esse medo, sou uma pessoa trabalhadora, já dei a volta por cima mil vezes na minha vida. Seja qual for a coisa que você decidir publicar sobre mim, estou aqui disposta a consertar meus erros, a evoluir como ser humano e a não viver mais esse inferno na minha vida, ok?

Você que passa por isso, estou aqui botando minha cara à tapa, para dizer: crie coragem. Eu demorei para criar, anos e anos e anos, estou criando agora. Minha mentalidade hoje é que ninguém tem poder de destruir a nossa vida, o nosso interior, que não seja nós mesmos. A gente tem esse poder, de destruir a nossa cabeça, de destruir a nossa mente. As outras pessoas não têm.

Até porque, várias vezes, quando eu, numa dessas que eu criava coragem e falava "não vou mais fazer parte disso", ele me contava de várias pessoas, de vários artistas, que eram fontes dele. Mostrava vários artistas contando coisas para ele porque ele sabia de coisa x ou y dessas pessoas. E eu pensava "meu Deus, do mesmo jeito que ele guarda dessas pessoas, ele guarda coisas de mim". E eu ficava chocada com a quantidade de pessoas que eu nunca pensei que falassem com ele e que ele dizia que tinha na mão e etc. Nem sei se tem ou não, pode ser verdade, pode não ser. 

Enfim, não é essa a questão que quero trazer. O que quero trazer é: não tenho mais medo. Se cair na rede qualquer áudio meu, qualquer coisa falando besteira, pode ser coisa antiga, pode ser que eu não pense mais assim, estou aqui pronta, pode me chamar para eu resolver qualquer problema, de qualquer coisa que ele possa vir a soltar que diga respeito a mim. Só não quero mais viver a aflição de ser ameaçada."

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags