Jornal Correio Braziliense

Economia

Consumo das famílias e investimento subiram em 2018, diz IBGE

Os gastos dos consumidores cresceram 1,9% no ano passado, já a formação bruta de capital fixo, que representa o quanto foi investido no setor produtivo, teve alta de 4,1% no ano passado

O consumo das família aumentou 1,9% ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou nesta quinta-feira o Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2018. Como o desemprego ainda está alto, os especialistas creditam o desempenho à inflação baixa e aos juros em queda.

No quarto trimestre em relação ao terceiro do ano passado, o avanço do consumo das famílias foi mais tímido de 0,4%. Já na comparação do quarto trimestre de 2018 com o mesmo período do ano passado, a alta foi de 1,5%. O gasto dos consumidores impulsionou o comércio porque o crédito ficou mais barato no ano passado.

A taxa básica de juros Selic saiu de 10% ao ano em 2017 para 6,4%. Isso permitiu o crescimento nominal de 6,7% do saldo de operações de crédito do sistema financeiro nacional para as pessoas físicas. Também houve aumento da massa salarial real, porque a inflação oficial foi de 3,7% em 2018.


Investimentos

Conforme o IBGE, os investimentos tiveram alta significativa em 2018, com a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que equivale ao aporte de recursos novos no setor produtivo, registrou alta de 4,1%. No quarto trimestre em relação ao terceiro, no entanto, houve queda de 2,5%, o que, segundo especialistas, pode significar que os investidores aguardavam pelas medidas do governo, que, naquele período, recém tinha sido eleito.

O aumento do investimento foi impulsionado pelo crescimento da importação e da produção interna de bens de capital, compensando o desempenho negativo da construção. A FBCF atingiu R$ 1,08 trilhão, com alta de 4,1% ante os R$ 981,8 bilhões de 2017. Porém, o setor de construção civil que participa com 47% da FBCF teve queda de 3,4.

Máquinas e equipamentos, em compensação, registraram alta de 15,4% com participação de 38% e R$ 413,7 bilhões de valores correntes. Outros setores também contribuíram de forma positiva, com alta de 4,7, mas uma participação menor de 14%, equivalente a R$ 154,9 bilhões.