Economia

Bolsonaro nega boicote a couro brasileiro por conta da Amazônia

Informação da suspensão da compra havia sido passada pelo Centro das indústrias de Curtumes do Brasil, em carta ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles

Ingrid Soares
postado em 28/08/2019 18:04
jair bolsonaroO presidente Jair Bolsonaro (PSL) negou na tarde desta quarta-feira (28/8) a suspensão da compra do couro brasileiro por ao menos 18 marcas de roupas e calçados internacionais, como Kipling, Timberland, Vans e The North Face. Ele se manifestou por meio do Twitter:
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;Mais cedo, jornais publicaram que 18 marcas suspenderam a compra de couro brasileiro. Àqueles que torcem contra o país e que vergonhosamente divulgaram felizes a notícia, informo que o Centro de Indústria de Curtumes do Brasil negou tal suspensão. As exportações seguem normais;, escreveu.
A informação da suspensão da compra, no entanto, foi passada nesta terça-feira (27/8), pelo Centro das indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), associação que representa as empresas produtoras de couro, em carta enviada ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

"Recentemente, recebemos com muita preocupação o comunicado de suspensão de compras de couros a partir do Brasil de alguns dos principais importadores mundiais. Esse cancelamento foi justificado em função de notícias relacionando as queimadas na região amazônica ao agronegócio do país. Para uma nação que exporta mais de 80% de sua produção de couros, chegando a gerar US$ 2 bilhões em vendas ao mercado externo em um único ano, trata-se de informação devastadora", afirma José Fernando Bello, presidente executivo do CICB.

Bello lembrou que a entidade tentava rever o quadro. Desde a semana passada, quando os incêndios na Amazônia começaram, havia a preocupação com o possível boicote de produtos brasileiros no exterior.

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