Simone Kafruni
postado em 06/11/2019 14:16
[FOTO1]Presente no leilão da cessão onerosa, realizado na manhã desta quarta-feira (6/11), o secretário da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, disse que a arrecadação de R$ 70 bilhões em bônus de assinatura vai permitir uma recomposição do orçamento da União. ;Descontadas as divisões com municípios e estados, e após o pagamento da Petrobras, temos R$ 23,7 bilhões de receita primária, que não estavam contabilizadas na Lei Orçamentária de 2019;, afirmou.Segundo ele, esse montante vai permitir que o deficit das contas públicas, hoje estimado em R$ 139 bilhões vai ser reduzido para algo em torno de R$ 90 bilhões. ;É uma receita extraordinária, que vai levar nosso deficit para 1,2% ou 1,3% do PIB (Produto Interno Bruto). Será o sexto ano de deficit primário, mas caminharemos para resultados cada vez melhores;, explicou.
Rodrigues explicou que, a cada ano que o leilão da cessão onerosa deixasse de ser feito, significaria uma perda de R$ 21 bilhões por ano. ;Seria como perder energia potencial, de uma coisa que não se transforma em algo que dê dinâmica à economia. Por isso, comemoramos, sim, o leilão. E os avanços nas políticas energética e fiscal;, assinalou.
Para o secretário da Fazenda, a arrecadação melhora ;sensivelmente; o resultado fiscal, de forma transparente, sem aumento de despesa. ;Vamos anunciar, na próxima segunda-feira, a prioridade de descontingenciamento. É decisão do presidente (Jair Bolsonaro). As áreas de Defesa, Saúde e Educação entrarão como prioritárias. As diretrizes ainda serão estabelecidas e seguirão nessas áreas;, antecipou.
PIB
Rodrigues destacou, ainda, que o PIB potencial do país é influenciado pelo leilão. ;Toda a cadeia de produção será beneficiada. Os números ainda estão sendo fechados, porque é importante deixá-los mais precisos,mas teremos geração de empregos;, ressaltou.
Segundo ele, o governo esperava R$ 70 bilhões, exatamente o que foi realizado. ;Lá no nosso relatório está explicitado esse número. Tínhamos forte indicação de atratividade por conta da preferência da Petrobras. Para União, o que interessa é que outros dois campos serão formatados para um próximo leilão e terão geração de valor muito forte;, disse.