A decisão do Ministério da Educação de, até o momento, manter o cronograma do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2020, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus,tem suscitado críticas. Pelas redes sociais, políticos e famosos usaram a tag #AdiaEnem para pedir o adiamento das provas.
A atriz Marina Ruy Barbosa foi uma das que se manifestaram. "Não sei o que é passar fome. Não sei o que é me privar de estudar para trabalhar. Por isso, não posso falar o que todas essas pessoas sentem, vivem e enfrentam. Não carrego essa dor comigo. Não posso falar por elas. Tenho essa consciência. Mas dar voz a essas pessoas, a essas lutas é possível sim. Está ao meu alcance, ao nosso alcance e essa necessidade é urgente", escreveu.
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As apresentadoras Maisa e Paola Carosella também fizeram coro pela mudança nas datas do exame. "Mais de 6 milhões de estudantes de escola pública não possuem acesso à internet e não estão assistindo aulas devido a pandemia do Covid-19, por isso, nós estudantes estamos organizando um protesto virtual pelo adiamento do Enem. Nos ajude", convocou a jurada do Masterchef.
Pela educação dos jovens. Uma injustiça a menos, por favor.
; a (@maisa)
Mais de 6 milhões de estudantes de escola pública não possuem acesso à internet e não estão assistindo aulas devido a pandemia do Covid-19, por isso, nós estudantes estamos organizando um protesto virtual pelo adiamento do Enem. Nos ajude, compartilhe a tag
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Entre os políticos, o deputado federal e secretário geral do PT, Paulo Teixeira, publicou uma ilustração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva segurando uma placa com a tag #AdiaEnem. "Lula pede o adiamento do Enem em razão da pandemia. Não podemos aplicar um exame onde as condições de preparo foram muito díspares entre os candidatos", disse. No espectro político oposto, o também deputado Alexandre Frota (PSL-SP), ex-apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou ter apresentado um projeto de lei pelo adiamento.
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Acabei de dar entrada em um novo projeto de lei que adia por prazo indeterminado a realização do Enem deste ano, enquanto durar o estado de calamidade publica.
; Alexandre Frota 77 (@alefrota77)
Ministério Público
Na sexta-feira (15/5), a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, do Ministério Público Federal (MPF) divulgou uma nota técnica em que defende o adiamento. Segundo o órgão, a manutenção do exame durante a pandemia gera impactos desproporcionais e viola a Constituição.
Enquanto aguardam uma definição sobre as datas, os estudantes seguem realizando a inscrição no exame. Até o momento, o Ministério da Educação contabiliza mais de 3 milhões de inscritos.
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