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Brasil pede moderação e se solidariza com mortes de palestinos em Gaza

Soldados israelenses abriram fogo contra palestinos que protestavam perto da fronteira com Israel contra a transferência da embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém

Agência France-Presse
postado em 14/05/2018 15:09
Trata-se do dia mais mortal do conflito entre Israel e palestinos desde a guerra de 2014 na Faixa de Gaza
O presidente Michel Temer pediu moderação entre israelenses e palestinos e expressou sua "solidariedade" com os feridos e famílias dos mais de 50 palestinos mortos, nesta segunda-feira (14/5), na Faixa de Gaza.

"Lamento profundamente os terríveis episódios de violência na fronteira entre Israel e a Palestina. Nossa solidariedade com os feridos e as famílias dos mortos. O Brasil faz um apelo à moderação, um chamado à paz", escreveu Temer no Twitter.
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Soldados israelenses abriram fogo contra palestinos que protestavam perto da fronteira com Israel contra a transferência da embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém. Centenas ficaram feridos.

Trata-se do dia mais mortal do conflito entre Israel e palestinos desde a guerra de 2014 na Faixa de Gaza. Com a transferência de sua sede diplomática de Tel Aviv para Jerusalém, Washington reconhece de fato esta cidade como a capital de Israel, uma reivindicação israelense não reconhecida pelas resoluções da ONU nem pela maior parte da comunidade internacional.

O Brasil mantém relações diplomáticas com Israel desde 1949 e em 2010 reconheceu o Estado da Palestina. Quando Guatemala e Paraguai anunciaram que iriam seguir os passos dos Estados Unidos, o Brasil reafirmou sua posição de que o status da cidade, que abriga lugares sagrados para cristãos, judeus e muçulmanos, deve ser negociado no âmbito das Nações Unidas (ONU).

"O status de Jerusalém será definido nas negociações entre israelenses e palestinos para o estabelecimento de dois Estados dentro das fronteiras definidas com base nos limites de junho de 1967, internacionalmente reconhecidos, e com livre acesso aos locais sagrados das três religiões monoteísta, nos termos das resoluções do Conselho de Segurança da ONU", afirmou o Ministério das Relações Exteriores brasileiro em dezembro.
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