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Mulheres de topless se manifestam na Austrália em apoio à jovem saudita

Rahaf Mohammed Al-Qunun chegou a Bangcoc no último fim de semana, procedente do Kuwait. A jovem disse querer fugir dos abusos físicos e psicológicos de sua família

Agência France-Presse
postado em 10/01/2019 12:10
Mulheres de topless se manifestam na Austrália em apoio à jovem saudita
Bangcoc, Tailândia - Um grupo de mulheres de topless se manifestou em Sydney, nesta quinta-feira (10/1), para pedir ao governo australiano que conceda asilo a uma jovem saudita de 18 anos que está em Bangcoc depois de fugir de sua família, que a maltratava.

"Pedimos ao governo que lhe outorgue um visto humanitário", afirma o grupo Secret Sisterhood, organizador da manifestação, em sua página no Facebook.

Protestando de topless "quisemos mandar uma mensagem para dizer que, na Austrália, as mulheres podem se expressar livremente e com total segurança. É um contraste flagrante com a Arábia Saudita", insiste o grupo ativista.

Em meio ao grande alvoroço nas redes sociais causado pelo destino de Rahaf Mohammed Al-Qunun, inclusive com a hashtag #SaveRahaf, a jovem "se tornou um símbolo mundial das mulheres que fogem da opressão", acrescenta.

As quatro manifestantes de Sydney seguravam cartazes com as frases "All women free%2bsafe" (Todas as mulheres livres e seguras) e "Let her in" (Deixem-na entrar).

"A Austrália começou um processo de avaliação" de seu caso, que está sendo analisado de forma urgente, mas não para poder viajar à Austrália nesta quinta, declarou a chefe da diplomacia do país, Marise Payne, em coletiva de imprensa.

Payne também se mostrou "muito preocupada" com a possível extradição de um ex-jogador da seleção nacional de futebol do Bahrein, Hakeem Alaraibi, refugiado político na Austrália, mas detido em Bangcoc.

Rahaf Mohammed Al-Qunun chegou a Bangcoc no último fim de semana, procedente do Kuwait. A jovem disse querer fugir dos abusos físicos e psicológicos de sua família e pedir asilo na Austrália. Também afirmou à ONG Human Rights Watch que queria renunciar ao Islã, o que a coloca "seriamente em perigo", segundo a organização.

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