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Brasileiro morador da Albânia relata como país se reconstrói após terremoto

Henrique Davanso, morador da cidade de Lezha, contou ao Correio como o país do sudeste europeu enfrenta a tragédia

Ronayre Nunes
postado em 27/11/2019 22:24

[FOTO1]Após o terremoto de 6,4 graus na escala richter na madrugada da última terça-feira (26/11) na Albânia, é hora da reconstrução. A tragédia que abalou o país do sudeste europeu foi testemunhada por um brasileiro nascido no interior paulista, que já mora na Albânia há cerca de 15 anos. Ao Correio, Henrique Davanso, 50 anos, contou como sobreviveu aos momentos de terror.

;Foi umas 3 horas da madrugada. Estávamos dormindo, de repente a cama começa a mexer, a casa ia para cima e para baixo. Foram 30 segundos, mas 30 infinitos segundos. Só quem viveu consegue imaginar o terror. Geralmente todo ano aqui tem alguns terremotos, mas de 4 ou 3 segundos, esse, entretanto, foi o mais longo e assustador;, relembra Davanso.

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O dia seguinte

Ainda tentando se recuperar do susto, Davanso conta que os momentos posteriores ao tremor foram de resiliência: ;Nós nos vestimos, pegamos nossos documentos, e fomos para a praça das 4 horas à 7 horas da manhã. Ao todo foram de 100 tremores ao longo do dia, segundo os jornais. Quando estávamos mais calmos, já de manhã, tentamos tomar uma café, mas teve outro tremor e tivemos de correr para a rua de novo. O governo passou as instruções para que as pessoas passassem as últimas 24 horas fora de casa, em lugares abertos;.

O teólogo, que atua no país como membro da JMM (Junta de Missões Mundiais), mora com a esposa na cidade de Lezha, vizinha a Durres e Thunane, uma das mais atingidas pelo tremor. ;Na cidades de Durres muitas casas caíram e cerca de 20 prédios caíram também. Hoje de manhã nós decidimos ir ajudar, ajudamos com barracas que foram montadas pelo governo, pelo exército, de outros países e fomos lá para distribuir alimento, mas também ajudar com um abraço, com algum conselho, enfim, uma palavra de ajuda em meio ao susto;.

Segundo Davanso, uma comunidade de cerca de 50 brasileiros moram na Albânia, e que até o momento não teve notícias de uma fatalidade envolvendo os brasileiros: ;O embaixador entrou em contato, mas graças a Deus estamos todos bem, tem jogadores de futebol aqui e estão todos bem;.

Davanso aponta ainda que os jornais locais indicam um total de 31 mortos, 43 resgatados, dezenas de desaparecidos e 630 feridos hospitalizados.

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